Uma questão central do encontro foi a crise energética, consequência da guerra que já dura há mais de 15 dias na Ucrânia.

Em declarações a propósito da Cimeira em Versalhes, António Costa acaba de afirmar que este foi um conselho para discutir, “não tomar decisões”, mas preparando-as. 

Uma questão central foi a crise energética, consequência da guerra que já dura há mais de 15 dias na Ucrânia. A Comissão Europeia ficou de apresentar “na próxima reunião do Conselho, modalidades de intervenção sobre os preços” para redução do preço do gás. 

Num segundo ponto, António Costa espera que seja possível “tomar uma decisão para, de uma vez por todas, deixar de indexar o  preço da eletricidade ao preço do gás”, sobretudo em países como Portugal onde “já temos incorporação de 60% de energias renováveis, estando a pagar “injustamente”. 

Assim, Costa refere que apresentou proposta para que, durante “período transitório”, cada estado membro possa proceder a uma redução do IVA de forma a que possa haver “impacto efetivo” no custo dos combustíveis. 

Costa diz ainda que foi “muito importante” o facto de o Conselho Europeu ter dado “respaldo” à comunicação da Comissão em matéria de estratégia de energia, “em particular no desenvolvimento das interconexões” quer elétricas, quer de gás, ou, num futuro, hidrogénio verde. Sobre as interconexões, estas serão entre Portugal e Espanha, e Espanha e França. 

Segundo o chefe de estado, a Comissão ficou ainda de apresentar opções para intervenção no mercado dos produtos alimentares e matérias primas para cadeia alimentar. 

Também na dimensão da defesa houve conversações, tendo sido discutidos “investimentos conjuntos”. 

“Temos agora uma nova crise, que nos atinge a todos, em que um programa de resposta a uma crise anterior, da Covid-19, é insuficiente para uma nova crise”, disse António Costa, referindo-se à guerra na Ucrânia.