Presidente António Miguel Cardoso diz-se “indignado” com os insultos “primários” dirigidos a Rochinha por adeptos do Boavista, no Bessa, e defende que o Regulamento Disciplinar da Liga deve ser alterado em relação ao comportamento do público.
Por entender que os insultos dirigidos a Rochinha, com alusões à mãe já falecida, a partir da bancada do Estádio do Bessa, no jogo de sexta-feira passada com o Boavista, não foram punidos, o Vitória de Guimarães vai avançar com uma proposta junto da Liga para a alteração do Regulamento Disciplinar em relação ao comportamento do público.
O clube considera que deve haver mão pesada para este tipo de casos e, em declarações prestadas a O JOGO, o presidente António Miguel Cardoso garantiu que o Governo também será notificado desse desejo.
“Vamos avançar com uma exposição à Liga e ao Governo. Deve ser revista a regulamentação aplicável ao comportamento incorreto do público, definindo bem o que são comportamentos inaceitáveis como aqueles que se registaram em relação ao Rochinha, xenófobos, racistas e outros mais graves. Para esses casos, devem ser aumentadas as sanções”, testemunhou.
Considerando que o relatório do Delegado da Liga “foi brando” em relação ao “incidente” com Rochinha, António Miguel Cardoso espera que o Conselho de Disciplina da FPF avance para uma sanção disciplinar exemplar e garante que o Vitória “vai continuar ao lado” do capitão de equipa.
“O que aconteceu não foi normal. As instituições não podem deixar passar isto em claro”, vincou, fazendo votos para que Rochinha não volte a ser “alvo de insultos inqualificáveis”. “Desde que assinou pelo Vitória, o Rochinha tem sido atormentado com isso e, por isso, isto tem de acabar. Sabemos que ele é mais forte do que isto tudo, mas vamos protegê-lo. É inconcebível que seja constantemente atacado verbalmente, ferindo-o especialmente como homem. São comportamentos primários que nos indignam”, atirou.