O artista plástico ganês Ibrahim Mahama vai fazer duas instalações de “grande escala” em espaços públicos de Guimarães, uma das quais na muralha do castelo da cidade, durante a Contextile 2022, entre 03 de setembro e 30 de outubro.
Em comunicado, a organização diz que convidou Ibrahim Mahama para realizar as intervenções, uma na muralha do Castelo de Guimarães, e outra no Instituto de Design de Guimarães (IDEGUI), antevendo um trabalho na linha do que o artista fez na bienal de Veneza, em 2015 e 2017, no Museu Tel Aviv, em 2016, no Documenta Kassel, em 2017, na Whitecube Gallery e na Royal Academy of Arts London, em 2021.
Em declarações à agência Lusa, o artista, de 35 anos, revela que vai realizar duas intervenções em espaço público, “completamente distintas”, no âmbito da sexta edição da bienal da Contextile 2022 — Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, que vai decorrer entre 03 de setembro e 30 de outubro.
“Uma [na muralha do castelo] com sacos de juta, que vão ser complementados com materiais do próprio território onde vão ser instalados. Esta instalação vai ter uma componente de trabalho em comunidade, envolvendo pessoas que possam trabalhar comigo na junção da composição”, explica o artista.
A outra instalação acontecerá no IDEGUI.
“É uma instalação com componente comunitária que faz a relação dos territórios, entre o Gana e Guimarães, até porque a Contextile faz a conexão de territórios de cultura têxtil”, sublinha Ibrahim Mahama.
Ibrahim Mahama nasceu em 1987, em Tamale, Gana, e, segundo a organização, “é um artista com impacto a nível internacional”.
A sexta edição da bienal da Contextile 2022 – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea vai decorrer entre 03 de setembro e 30 de outubro, em Guimarães, distrito de Braga, com a presença de 50 artistas de 34 países.
Os “50 artistas selecionados pelo júri da Contextile 2022 para a Exposição Internacional da Bienal de Arte Têxtil Contemporânea” são oriundos de 34 países, e foram selecionados através de um concurso que contou com “um número recorde” de propostas, explicou a organização, num comunicado enviado anteriormente enviado à agência Lusa.
“Foram mais de 1.500 as obras avaliadas nos últimos dias pelos jurados. Nunca tinham sido tantos os artistas a candidatarem-se a expor as suas obras na Contextile. Os 1.505 trabalhos de 1.250 artistas (de 74 países), significam um aumento de 40% face à última edição da bienal”, referem os organizadores.
A Contextile frisa que “a quantidade e qualidade das obras dificultou a tarefa” do júri, composto por Lala de Dios (professora de História de Arte e do Têxtil, curadora), Janis Jefferies (professora emérita de artes visuais, curadora, escritora e artista), Orenzio Santi (professor e artista têxtil), Monika Grasiene (artista, curadora e professora de Arte Têxtil), e Cláudia Melo (diretora artística da Contextile).
“A Exposição Internacional da Contextile 2022 mantém a lógica habitual do evento, com 50 obras de 50 artistas. No entanto, este ano foram também selecionadas cinco intervenções artísticas, de outros tantos artistas, para serem apresentadas em espaços públicos durante a edição 2022 da Bienal de Arte Têxtil Contemporânea”, sublinha a organização.
O Prémio de Aquisição e as Menções Honrosas da Exposição Internacional serão atribuídos no momento de abertura da Contextile 2022, agendada para 03 de setembro, em Guimarães.