A família de João Rendeiro suspeita do envolvimento de terceiros na sua morte e por isso pediu que fosse realizada uma segunda autópsia, já em Portugal, assim que o corpo chegar esta sexta-feira, avança a ‘CNN Portugal’.

Segundo a estação, que cita fonte judicial, a autorização já foi pedida ao Ministério Público (MP) e, em caso de aprovação, as celebrações fúnebres do ex-banqueiro ficam adiadas.

Rendeiro foi encontrado morto a 13 de maio, mas apenas quatro dias depois é que a autopsia foi realizada, a 17 de maio.

Para já, as autoridades sul-africanas apontam para suicídio, contudo, as investigações às circunstâncias da morte do ex-banqueiro ainda não foram concluídas.

Espera-se que a urna com o corpo de Rendeiro chegue ao Aeroporto de Lisboa esta sexta-feira. Daí, deverá seguir para o Instituto de Medicina Legal, se o MP concordar.

O processo de trasladação do ex-banqueiro deverá custar cerca de 3.000 euros ao Estado português.

A polícia sul-africana (SAPS) recolheu “todas as provas que necessitava” para a investigação em curso às causas da morte do ex-banqueiro, tendo a entrega do corpo sido permitida para o seu repatriamento após a autópsia, salientou.

Recorde-se que João Rendeiro, de 69 anos, foi encontrado morto no dia 12 de maio na cela de uma prisão na África do Sul e deveria ser presente em tribunal na manhã seguinte, segundo uma nota do Departamento de Serviços Penitenciários da África do Sul.

O antigo presidente do BPP estava detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021 a aguardar extradição, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal.