Comissão Executiva terá como função “definir e propor medidas de agilização e rentabilização dos serviços de urgência” nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Dias depois de a ministra da Saúde ter apresentado a demissão, foi constituída uma comissão executiva para “rever os modelos de organização das urgências” em Lisboa e no Porto, de acordo com um despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República.

Marta Temido assinou o despacho na semana passada, dia 25 de agosto, poucos dias antes de ter apresentado o pedido de demissão ao primeiro-ministro. 

A criação desta comissão, avançada em primeiro lugar pelo jornal Eco, tem como objetivo “rever os modelos de organização das urgências metropolitanas de Lisboa e do Porto” e propor melhorias no acesso, na qualidade e na eficiência “da resposta assistencial aos doentes urgentes/emergentes”.

Nesse sentido, o PRR prevê “a conclusão da reforma do modelo de governação dos hospitais públicos e inclui o reforço do modelo de organização de urgências metropolitanas de Lisboa e do Porto”.

A ministra demissionária explica que “importa, por isso, criar condições para executar esta medida, estudando e propondo o modelo tecnicamente adequado à prestação de cuidados urgentes/emergentes” naquelas duas áreas metropolitanas e apoiando “a respetiva implementação, atribuindo-se essa responsabilidade a uma comissão executiva”.

A comissão será presidida pelo médico anestesiologista António Marques da Silva e terá cinco meses para apresentar um relatório com propostas, que será submetido à aprovação da tutela.

Marta Temido apresentou a demissão na madrugada de terça-feira por entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo, que foi aceite pelo primeiro-ministro.