O Vitória apurou-se para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal ao derrotar o Canelas 2010 por 3-1.

O Vitória construiu um triunfo natural e confortável. Aos 23 minutos André André abriu o activo de grande penalidade fruto de um lance que deixou o Canelas reduzido a 10 unidades. Cindo minutos depois Johnston fez o 2~0 e o mesmo jogador do Vitória aumentou para 3-0, aos 40 minutos. Em tempo de compensação da primeira parte, Sousa marcou para o Canelas, reduzindo para 3-1.

Na segunda parte, o Vitória geriu o resultado com Moreno a aproveitar para dar minutos a jogadores que têm sido menos utilizados.

Paulo Silva, treinador do Canelas 2010, em declarações na sala de imprensa do estádio do emblema gaiense, após a eliminação da Taça de Portugal contra o Vitória de Guimarães (3-1):

«Senti que em algum momento desliguei a ficha deste jogo e do acreditar. Com um carácter enorme, os meus jogadores nunca deixaram cair esse sonho. Mesmo com dez jogadores e com tanta dificuldade no caminho, fomos capazes nos reerguermos um bocadinho e de fazer um golo. A mensagem ao intervalo foi de acreditar.

Os jogadores estavam entusiasmados com o que tinham feito na primeira parte, mesmo com dez jogadores. A segunda parte mostrou isso mesmo: a equipa nunca desistiu e nunca virou a cara à luta. Sabíamos que era fácil os jogadores desligarem e se calhar sermos goleados contra uma equipa que nunca facilitou. Eles tiveram essa capacidade enorme e conseguiram equilibrar o desfecho do jogo.

Falando de forma muito aberta, nem sempre o Canelas é visto, aos olhos da sociedade, de forma justa. Neste momento, o Canelas não é o Canelas de há uns anos de quem se falou muito. É uma equipa normal, que dá a cara por Vila Nova de Gaia, uma cidade enorme. Tem jogadores e pessoas normais, digamos assim, e que ambicionam chegar a outros patamares. A estrutura também nos dá condições para ambicionarmos um pouco mais. Este momento é importante para passarmos essa imagem. O Canelas não foi só atitude e raça, também mostrou a qualidade dos seus jogadores e de jogo da equipa, mesmo com dez jogadores. Foi uma montra não só para os jogadores, mas para a todo o clube.

Sonhar com algo mais que a permanência? O sonho é ganhar ao Felgueiras. Temos duas derrotas seguidas, embora esta seja diferente. Mas já são muitos dias sem ganha. O objetivo é jogo a jogo. Mudámos muita coisa, saíram e entraram muitos jogadores. Há uma necessidade de adaptação à realidade da Liga 3 e a equipa tem-se saído bem. A Liga é longa e queremos andar o amis acima possível.»

[Acerca da conversa com Moreno no final]: «Sou fã do Moreno. Gosto muito. Já no ano passado fomos adversários e foi aí que tive alguma aproximação ao Moreno. Admiro-o pela forma como vive o jogo e comunica. E disse-lhe que espero tudo de melhor e que seguramente vamos falar mais vezes durante a época. Acho que esse contacto de diferentes realidades é importante. O Moreno gosta disso. Fizemos jogo-treino na pré-época e ele conhece a realidade da Liga 3, distrital e Campeonato de Portugal. Eu também tenho esse. O Moreno é uma pessoa de quem eu gosto e por isso, estivemos a falar um bocadinho.»