A criança tinha quatro anos. A IGAS está a investigar o caso e o Hospital de Braga decidiu abrir um “processo interno” na sequência de “denúncias públicas de negligência”
Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou, esta segunda-feira, “a abertura de um processo de inspeção para avaliar a qualidade dos serviços prestados” pelo Hospital de Braga a uma menina, de quatro anos, que morreu na semana passada. Já o hospital decidiu abrir um “processo interno” na sequência de “denúncias públicas de negligência”.https://865b6dbad34f20e60ff93785dd4ddcff.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A criança, que morava na freguesia de Soutelo, concelho de Vila Verde, deu entrada no Hospital de Braga na manhã de terça-feira com fortes dores abdominais, algumas horas depois foi levada para o bloco operatório e posteriormente transferida para o Hospital de São João, no Porto, mas acabaria por morrer nesse mesmo dia.
“Informamos que foi determinada a abertura de um processo de inspeção para avaliar a qualidade dos serviços prestados a esta criança e à investigação interna desencadeada pelo Hospital de Braga, E.P.E. como resposta às acusações [de alegada negligência médica] que a comunicação social tem veiculado sobre essa mesma assistência”, refere a IGAS, em resposta enviada à agência Lusa.
A IGAS acrescenta que “o processo de inspeção vai ser conduzido pela Equipa Multidisciplinar para a Qualidade dos Serviços Prestados aos Cidadãos”.
“Prezamos a decisão da IGAS em abrir uma investigação, pelo que colaboraremos totalmente com a mesma”, refere o Hospital de Braga, em resposta enviada à Lusa.
Já o Hospital de Braga informou que “não irá divulgar informações sobre o quadro clínico da criança, em função das suas obrigações legais de proteção e confidencialidade dos dados” e “por respeito à dor e ao luto dos seus familiares”.
Em comunicado, a unidade hospital afirmou que a criança deu entrada no Serviço de Urgência, “com um quadro clínico extremamente grave”, mas foram “cumpridos todos os procedimentos adequados e boas-práticas clínicas, com as devidas celeridade e urgência”.
Apesar de considerar que não há “qualquer fundamento para acusações de negligência”, o Hospital de Braga informou ainda que “abriu um processo interno para averiguação da situação”, sendo “uma prática comummente adotada perante este tipo de acusações”.
Na mesma nota, o hospital repudiou “veementemente as notícias publicadas nos últimos dias, com base em comentários das redes sociais sem fundamento, factos ou critérios de noticiabilidade, acompanhadas por imagens da criança de 4 anos e seus familiares” e pediu que “seja respeitado o luto dos seus familiares neste momento tão doloroso”.