Comparando com o mesmo período do ano passado, o montante dos novos créditos aumentou 13,3% em setembro para 667 milhões, suportado pela subida dos montantes dos contratos através de cartões a descoberto.

s bancos emprestaram às famílias portuguesas 666,6 milhões de euros em setembro, o que representa um decréscimo de 0,8% face ao mês anterior [agosto] mas, ainda assim, um aumento de 13,3% face ao mesmo mês do ano passado, segundo o Banco de Portugal.

Com a inflação a atingir valores recorde, os consumidores pediram menos empréstimos no mês passado com o crédito automóvel a registar as maiores descidas quer do número de contratos realizados (-9,2%), quer dos montantes (-7,9%). No total, foram efetuados 14766 novos contratos para a compra de carro no valor de 223 milhões de euros, de acordo com os dados provisórios divulgados esta terça-feira pelo BdP sobre a evolução dos novos créditos aos consumidores.

Os novos créditos pessoais continuaram a registar aumentos, mas bem inferiores face à tendência registada nos últimos meses. Os contratos deste tipo de empréstimo – direcionado para várias áreas como saúde, educação, energias renováveis, lar entre outros – foram superiores a 47700 no valor total de 327 milhões de euros, um aumento de 3,2% e 1,3%, respetivamente, face ao período homólogo.

A média da subida dos novos créditos face ao período homólogo deveu-se, sobretudo, aos empréstimos realizados através de cartões a descoberto. No mês passado, o montante dos novos créditos através de cartões e descoberto ascendeu a 117 milhões de euros, uma subida de 9,1%, isto apesar de o número de contratos ter recuado 0,6% para 71542. Ou seja, houve menos consumidores a realizar contratos através desta modalidade, com valores superiores.