A nova presidente pretende “advogar pelo bem estar da academia” e “participar na mudança do atual paradigma de ensino”.
Os novos órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) tomaram posse este sábado, dia 7 de janeiro, no Salão Medieval da reitoria, no Largo do Paço, em Braga. O mandato de 2023 conta com Margarida Isaías para presidir a direção. Miguel Lima assume a liderança da Mesa da Reunião Geral de Alunos e Pedro Antunes a liderança do Conselho Fiscal e Jurisdicional.
A cerimónia iniciou-se cerca de 30 minutos mais tarde do que o previsto com a atuação do Coro Académico da UMinho (CAUM), que cantou o hino da academia. Seguiu-se o habitual discurso do presidente cessante, a apresentação de todos os elementos dos três órgãos e o discurso da nova presidente. O evento terminou com as intervenções do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, e da presidente do Conselho Geral, Joana Marques Vidal.
Perante uma sala repleta de estudantes, dirigentes políticos e associativos, presidentes de unidades orgânicas e familiares, Duarte Lopes abordou a importância dos jovens e dos estudantes na sociedade. Reivindicou a inclusão dos mesmos nas tomadas de decisão, reforçando a ideia de que os jovens são necessários para a “construção do futuro, mas também do presente”. Assim, constatou que os 35 elementos que formaram a direção cessante são “a prova viva de que os estudantes conseguem desenvolver projetos com um elevado grau de qualidade, maturidade e responsabilidade”.
O presidente cessante falou ainda de algumas “vitórias” que marcaram 2022, como “ o desenvolvimento da marca Start Point”. O objetivo foi, segundo o próprio, trabalhar ativamente na inserção dos estudantes e combater o problema do emprego dos jovens. “Promovemos aquela que terá sido a summit com mais participação de estudantes e empresas”, referiu. Da mesma forma, indicou a inauguração do espaço no Bairro das Enguardas que irá albergar o projeto “UM Futuro” e a reaquilificação da sede da AAUM em Azurém.
Em relação às “derrotas”, Duarte Lopes denunciou o “flagelo do assédio sexual e moral que continua sem uma resposta nacional adequada”, a subida dos preços do alojamento e o deterioramento da saúde mental da comunidade estudantil. Por fim, apontou o “subfinanciamento crónico do ensino superior”.
Já Margarida Isaías começou por descrever o seu percurso educacional, falando de uma “menina e jovem” com várias questões sobre o funcionamento da sociedade. Refletiu também sobre o caminho que tem vindo a fazer na AAUM, referindo que a associação deve ser uma “importante promotora da participação associativa, cívica e política da universidade, da região e do país”.
Apresentou também as ambições para o mandato, referindo que pretende “trabalhar a problemática do emprego jovem, consolidando a marca Start Point”. Tenciona ainda promover o empreendorismo e “o contacto com o mercado de trabalho”. Por outro lado, planea “advogar pelo bem estar da academia, tanto a nível físico como mental, e ter um papel ativo na prevenção do assédio e na promoção da saúde mental”.
Na vertente cultural, a nova direção tenciona dinamizar o multiculturalismo e preservar as tradições académicas. Ambiciona também “a proteção e o reforço de atividade que promovam a cultura nos estudantes e nas cidades que integram a Universidade do Minho”. Existe também o objetivo de aproximar os grupos culturais à associação e à comunidade.
Por último, Margarida Isaías garante que a nova direção vai “trabalhar e participar na mudança do atual paradigma de ensino” e “autonomizar o sistema de transportes”. Continuar a trabalhar na nova sede da AAUM em Gualtar é também um dos focos da equipa.
A tomada de posse encerrou com o CAUM, que cantou “Gaudeamus igitur”, a música que serve de hino universitário em todo o mundo.