As expectativas dos sindicatos eram altas e o cenário na Avenida dos Aliados, no Porto, confirma uma “adesão muito elevada” dos professores à última greve distrital, convocada para esta quarta-feira e abrangendo os docentes de todo o distrito do Porto. De acordo com o secretário-geral adjunto da Fenprof, no distrito, a maioria das escolas estão sem aulas. Apesar de ainda não existirem dados consolidados sobre a taxa de adesão, Francisco Gonçalves estima que, em média, ronde os “97% ou 98%”
“Há muitas escolas que estão encerradas e outras estão sem aulas. Na maioria das escolas, são três ou quatro os professores que aparecem para trabalhar e estamos a falar de agrupamentos que têm 150 ou 200 professores. Muito provavelmente, vamos ter uma adesão entre os 97% e os 98%”, revelou ao JN Francisco Gonçalves, frisando que os números estão em linha com o verificado noutros distritos.
“Praticamente, não há aulas. Está cada vez a chegar mais gente à Avenida dos Aliados. Julgo que vamos encher a placa central toda”, notou ainda o secretário-geral adjunto da Fenprof.
A concentração no Porto marca, esta quarta-feira, a última greve distrital convocada por oito organizações sindicais, entre as quais a Fenprof e o Sindicato Independente de Professores e Educadores. Estas paralisações culminam, no próximo sábado, numa manifestação em Lisboa. A recuperação do tempo de serviço ainda congelado e pelo fim das quotas e vagas de acesso ao quinto e sétimo escalões são duas das principais reivindicações dos professores.