A Netflix anunciou o fim da partilha de contas em Portugal, indicando que esta iniciativa será gradual ao longo do tempo. Saiba mais sobre as novas alterações.
Netflix anunciou esta quarta-feira, dia 8, que começou a bloquear a partilha de contas em Portugal, além de Espanha, Canadá e Nova Zelândia. Apesar de a empresa já ter avançado antes com esta possibilidade, muitos subscritores foram apanhados desprevenidos pela notícia.
Não demorou, portanto, a que se gerasse alguma confusão entre os utilizadores do serviço, com alguns deles a notarem que ainda conseguem aceder a contas partilhadas com pessoas fora da sua residência. A Netflix responde a algumas das dúvidas mais frequentes sobre como será aplicado este processo de bloqueio a contas partilhadas.
Vou ficar com a conta bloqueada quando?
Não é possível determinar. Apesar de o anúncio ter sido feito ontem, quarta-feira, o processo de impedir a partilha de contas não será imediato e gradual ao longo do tempo.
Quero continuar a partilhar conta e pago o extra. Como faço e quando me cobram?
Todavia, quando os utilizadores se virem impedidos de aceder à conta que partilham com subscritores da Netflix, devem criar uma sub-conta, à qual será associado o valor mensal de 3,99 euros. Esta taxa adicional será cobrada na data de faturação do plano geral.
O detentor desta sub-conta será conhecido como “Membro Adicional” e terá direito a um único perfil, com as contas principais a terem um total de cinco perfis para utilização na mesma residência.
Não quero partilhar conta, quero criar uma nova, mas manter o histórico
Os utilizadores da Netflix podem transferir os respetivos perfis para esta nova conta, num processo que a empresa explica num pequeno e simples guia, a que pode aceder aqui.
Uma questão de financiamento?
A implementação desta medida levou a uma onda de críticas à Netflix, também surgindo questões sobre o impacto que poderá ter no futuro em termos de cancelamento de subscrições, um tema que a empresa não comenta. Serve recordar que a Netflix sempre condenou a prática de partilha de contas, enaltecendo que os cinco perfis disponibilizados por conta servem para proporcionar uma experiência personalizada para cada pessoa de uma única residência.
Uma das razões apontadas pela empresa, porém, para acabar com a partilha de contas é a sua “generalização”, o que, alegadamente, prejudica a capacidade de investir em grandes séries e produções cinematográficas. Na verdade, este argumento também foi usado por várias vezes para aumentar o preço das subscrições.
Ainda assim, a Netflix parece estar consciente que estas soluções poderão não ser indicadas para todos e que tem-se mostrado disponível para levar em conta o ‘feedback’ dos utilizadores.