Construtora de Santo Tirso amplia parque empresarial onde “aterrou” Airbus

Parque Empresarial da Ermida, que acolhe operações industriais da Airbus, Finieco e Casfil ou a logística do Lidl vai crescer 36 hectares. Garcia Garcia regista faturação recorde de 110,4 milhões.

A Garcia Garcia, construtora nacional especializada em edifícios industriais, logísticos, comerciais, residenciais e hoteleiros, vai avançar este ano com um investimento para ampliar o Parque Empresarial da Ermida, em Santo Tirso, do qual é proprietária.

O projeto de expansão, que já está em curso, vai aumentar em 36 hectares a área industrial desta zona empresarial, onde estão atualmente sediadas as operações portuguesas da Airbus, a Finieco, a multinacional brasileira WEG, a produtora de película flexível Casfil ou o centro logístico do Lidl Portugal. Depois das obras ficará com um total de 110 hectares.

Depois do “abrandamento” em 2020, provocado pela pandemia, a Garcia Garcia fechou o ano passado com um volume de faturação recorde de 110,4 milhões de euros, que representou um crescimento homólogo de 46%. Entre os projetos assinados no último ano destacam-se o centro logístico da Garland em Vila Nova de Gaia, a nova fábrica da BorgWarner no Parque Industrial de Lanheses, em Viana do Castelo, ou a nova unidade construída por um grupo belga para a Lingote, em Fafe.

Num ano em que a construção residencial e hospitality e o setor do retalho foram responsáveis por 15% e 5% das empreitadas executadas, respetivamente, a própria construtora, que no início deste ano aumentou o salário de entrada para 800 euros, inaugurou o seu novo edifício-sede em Santo Tirso, localizado na antiga Fábrica Arco Têxtil.

“Não obstante as perspetivas menos animadoras para a economia em geral e da tendência de abrandamento, acreditamos num ano de 2023 globalmente positivo. Estamos a desenvolver projetos em várias áreas, desde a logística, passando pela indústria, residencial e hospitality”, resume o administrador, Miguel Garcia.

Citado em comunicado, o gestor sublinha, por outro lado, que “o mercado privado, onde [encontrou] espaço, reconhece competência e credibilidade” à empresa, pelo que “é aqui que acredita que [pode] encontrar oportunidades que permitam estar em contraciclo com os cenários traçados”.