A AEMinho recebeu, esta quarta-feira, o primeiro- ministro, António Costa, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, e a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no âmbito da iniciativa “Governo + Próximo”, que decorre no distrito de Braga, culminando na realização do Conselho Ministro na capital minhota.
O almoço decorreu em Guimarães e contou com a presença dos órgãos sociais da AEMinho, o presidente do COMPETE, Nuno Mangas, o presidente do IAPMEI, Luís Filipe Guerreiro, os referidos membros do Governo, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, e o presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança.
Na sua intervenção, o presidente da AEMinho, Ricardo Costa, agradeceu “o facto de o primeiro-ministro ter aceitado o desafio lançado pela associação de realização deste conselho de ministros no Minho”. Realçou algumas das bandeiras desta associação, nomeadamente “a necessidade de um esforço conjunto entre empresas e Governo no sentido de criar condições para que os trabalhadores recebam salários mais elevados que lhes permitam fazer face a cenários como a inflação, bem como aumentar significativamente a sua qualidade de vida”. Na pessoa de Ricardo Costa, a AEMinho voltou a “disponibilizar-se para ser um agente ativo no estímulo ao esforço dos empresários em aumentarem salários, mas reiterou que esse esforço também tem de ser feito pelo Governo, com a redução da carga fiscal sobre o trabalho”.
A visão de que trabalhadores e empresários “são parte de um ecossistema comum e faces da mesma moeda ao invés de entidades com interesses divergentes”, foi reafirmada, pelo presidente da AEMinho, “contrariando a generalidade da retórica oportunamente utilizado pela classe política”.
Ricardo Costa manifestou “preocupação com as fragilidade na execução do PRR e nas consequência em termos de competitividade relativa que isso tem para a economia, manifestou preocupação com os jovens que formamos em Portugal e imigram em busca de melhores condições do que as que o país consegue dar e reiterou a sua apreensão em relação á credibilidade das instituições do Estado que têm vindo a ser constantemente fragilizadas o que penhora a nossa credibilidade internacional”.
A questão da mão de obra e da formação e importação de talento foi também abordada, com Ricardo Costa a “agradecer a flexibilização concedida pelo Governo sob proposta da AEMinho, no que respeita a obtenção de vistos para quem venha trabalhar para Portugal e reforçou a expectativa de uma maior cooperação entre ensino e mundo empresarial, no sentido de criar uma correspondência entre o que é a oferta de formação e as necessidades do mercado”.
O caminho da cooperação empresarial como fator de alavancagem dos negócios, dos processos de internacionalização em detrimento da competição interna, foi também veiculada pelo presidente da AEMinho, dando ênfase “àquilo que tem sido a retórica da Associação nos seus dois anos de existência”.
“Conte com a AEMinho para realizar o caminho da cooperação no sentido do crescimento e valorização económica da região, mas também com a sua visão crítica, mas construtiva nos diversos momentos e cenários da vida do país”, concluiu Ricardo Costa.