Profissionais de saúde aplaudem medida e dizem que “peca por vir tarde”.

Os enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica (EEESMO) vão passar a ser responsáveis pelos partos normais, no casos em que se registe um baixo risco do parto e em que este seja feito sem indução ou necessidade de instrumentos.

A alteração consta de uma orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre ‘Cuidados de saúde durante o trabalho de parto’ e que é assinada por Rui Portugal, subdiretor-geral da DGS.

A orientação indica que o objetivo desta alteração é privilegiar “a rentabilização dos recursos humanos e o desenvolvimento das competências de toda a equipa de saúde” e atingir “a promoção de cuidados de saúde de qualidade, com foco principal na segurança materno-fetal, bem como numa experiência positiva no parto para a grávida e para a família”.

Os enfermeiros da especialidade passam assim a ser responsáveis pelos partos normais, de baixo risco, desde o momento do internamento hospitalar da grávida até às primeiras horas de vida do recém-nascido.

A intervenção do médico obstetra ficará reservada para partos mais complexos e instrumentalizados.

Os enfermeiros congratulam a medida. Em declarações à SIC Notícias, esta manhã, Guadalupe Simões, do Sindicado dos Enfermeiros Portugueses, disse que os profissionais de saúde “têm uma formação acrescida em Portugal” em comparação com parteiras de outros países e garantiu que os profissionais estão “excelentemente preparados para assumir esta responsabilidade”. Refere, porém, que a medida “peca por ser tardia”.