Casal britânico diz ter encontrado santuário a Madeleine McCann na barragem onde decorreram as mais recentes buscas.

Um casal britânico afirma ter encontrado um santuário a Madeleine McCann numa área perto da barragem do Arade, local onde decorreram buscas recentemente.

Ralf e Ann, contaram ao Daily Mail que, no Natal de 2007, alguns meses após o desaparecimento de Maddie, encontraram no local um misterioso “santuário”, com três grandes pedras  dispostas em forma de seta, um ramo de flores e uma fotografia da menina desaparecida, presa com uma pedra.

Segundo o jornal britânico esta revelação terá estado na origem das busca – a pedido das autoridades alemãs.

Ralf e Ann tiraram fotografias do santuário e alertaram as autoridades portuguesas, mas nunca obtiveram resposta.

O casal de aposentados, que visita regularmente o nosso país por ter casa de férias perto do reservatório do Algarve, posteriormente denunciou o santuário à polícia alemã quando o suspeito Christian Brueckner foi identificado por aquela força, em 2020. À data, a polícia pediu a quem estivesse no Algarve aquando do desaparecimento para entrar em contacto. 

Os alemães da BKA (unidade de investigação criminal) responderam em poucas horas depois de Ralf e Ann enviarem um e-mail e foram posteriormente interrogados via telefone por várias horas antes de pedirem que dessem uma declaração formal.

Ralf, 66 anos, descreveu o santuário como “muito estranho”.

“Naquela altura, quando encontrámos o santuário, tudo era tão estranho. Naquele momento eu pensei: ‘será que alguém deixou Madeleine na água e depois voltou para fazer um santuário em sua memória?’ Era muito estranho”, asseverou. 

Ann, de 67 anos, revela até que pensar no tema lhe dá “arrepios”.

“Quando vimos onde a polícia estava a fazer buscas nos últimos dias percebemos  que era para onde a fileira de pedras apontava”, acrescentou. 

A menina de origem britânica desapareceu em 2007 de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no concelho de Lagos, onde estava a passar férias com os pais e os irmãos, a cerca de 50 quilómetros do local onde decorreram as últimas buscas, na barragem do Arade. 

As buscas foram requeridas pela polícia germânica por suspeitar do envolvimento de um cidadão alemão no desaparecimento da criança, e que alegadamente frequentava aquele local na barragem do Arade, no concelho de Silves, no distrito de Faro.

A realização destas buscas em 2023, 16 anos depois do desaparecimento, foram acompanhadas pela Polícia Metropolitana de Londres e pela Polícia Judiciária, com o apoio da Guarda Nacional Republicana, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e Bombeiros Voluntários de Silves. 

O material recolhido durante as buscas foi entregue às autoridades alemãs.