Lesaram, em 31 mil euros, pelo método de ‘phishing’, 13 clientes do banco Montepio. Os cinco arguidos vão ser julgados no Tribunal do Porto.
Inicialmente, o Ministério Público acusou um dos arguidos, Manuel Correia, de Braga, tido como o mentor do grupo de 15 crimes de burla informática, sete de acesso ilegítimo, e um de branqueamento. Os outros quatro ficaram acusados de branqueamento.
O principal arguido pediu a instrução do processo alegando a prescrição dos crimes de burla informática, tendo o Tribunal de Instrução Criminal do Porto dado razão ao Arguido e considerado que os 15 crimes de burla informática já haviam prescrito, ficando apenas pronunciado pelos outros oito crimes.
A acusação diz que, em 2014, o Manuel Correia concebeu um plano para aceder, através da internet, a contas bancárias de cidadãos portugueses, recorrendo para tal a uma página falsa, idêntica à do Montepio, através da qual – alguém não identificado – conseguiu que, pelo menos, seis clientes fornecessem os códigos de acesso às suas contas bancárias.
Como esses dados, o arguido retirou-lhes valores que variaram entre os dois e os mil euros, que fez seus, não obstante terem circulado pelas contas bancárias dos outros quatro envolvidos, os quais, para tal, recebiam uma parte do dinheiro.
Em declarações, o advogado de defesa do arguido, Licínio Ramalho, disse acreditar que se fará justiça e se absolverá Manuel Correia dos crimes que lhe são imputados, à semelhança do que aconteceu recentemente no Tribunal Judicial de Braga, onde foi julgado e absolvido pela prática dos mesmos crimes, num processo que envolvia burlas de 123 mil euros.