O Valencia exigiu uma retificação ao brasileiro por este ter proferido que os insultos racistas vieram de “todo o estádio”. E esclareceu: “Estava a referir-me àqueles que se comportaram mal, não a todos”.

E quando as águas pareciam calmas, Rodrygo agitou-as. Sem querer… e de forma incompreensível, dizendo a frase que tanto irrita o Valencia: “Eu estava lá e vi como um estádio inteiro gritava ‘macaco'”.

Dejá vù ativado. Foi a mesma declaração que Ancelotti proferiu no Mestalla, no dia do jogo em que Vinícius Jr foi insultado por alguns adeptos, e, dias depois, veio a público esclarecer: “Não foram 46 mil, mas também não foi um nem dois”.

Esta quarta-feira, quando questionado sobre o racismo numa conferência de imprensa, o brasileiro reabriu a ferida. De tal forma que o Valencia, esta manhã, emitiu um comunicado a exigir a sua retificação: “São mentiras graves e pedimos que, tal como fez o seu treinador, retifique”. E ele fê-lo. Rodrygo, através das suas redes sociais, emitiu um breve texto a esclarecer as suas palavras.

“Tenho o maior respeito pelos adeptos e pelo Valencia. Tal como na mesma conferência de imprensa afirmei que Espanha não é um país racista, só me referia às pessoas que estavam no estádio [Mestalla] e que se comportaram mal com o Vini, não a todos os adeptos. Entendo o futebol como um desporto onde o jogo, a alegria, o respeito, o desportivismo, o exemplo de valores, a amizade, o companheirismo e a convivência pacífica são fundamentais. Estou aqui com a minha seleção nacional para lutar contra o racismo. É tempo de acabar com o racismo. Com este flagelo. Não basta condenar. Temos de agir. Não ao racismo”, pode ler-se.