Portugal conseguiu 27 medalhas nos Jogos Mundiais Special Olympics, que terminaram no domingo, em Berlim, competição em que esteve representado por 37 atletas e na qual a promoção “da inclusão” é mais importante do que lugares no pódio.

“Os resultados e as medalhas são sempre bons, mas o movimento Special Olympics é muito mais do que um quadro competitivo”, afirmou Maria João Figueira, diretora do Special Olympics Portugal, destacando a importância de “cada atleta dar o seu melhor em termos da sua performance e conseguir superar-se”.

Em declarações à agência Lusa, Maria João Figueira, reafirmou a importância dos atletas poderem “vivenciar experiências únicas em termos da sua autoestima, da sua capacidade de irem mais longe, de superarem as suas próprias deficiências”.

Nos Jogos Mundiais de Berlim, que decorreram entre 17 e 25 de junho, Portugal somou oito medalhas de ouro, 12 medalhas de prata e sete de bronze, tendo estado representado em oito modalidades: natação, atletismo, basquetebol, golfe, ginastica rítmica, futsal, ténis de mesa e equitação.

“Todos os nossos atletas se superaram e quase todos conseguiram trazer uma medalha, o que foi bastante positivo”, disse a responsável, acrescentando que existem planos para a estreia em novas modalidades na próxima edição dos Jogos Mundiais, em 2027, algo que não sucedeu este ano.

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, felicitou a missão portuguesa, através de uma publicação na rede social Twitter, na qual destaca “o contributo para a causa da inclusão pelo desporto”.

O movimento Special Olympics tem como missão proporcionar as condições para a prática de atividade física e do desporto, de forma contínua e variada e com impacto na inserção social, para crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, construindo um mundo onde cada pessoa, independentemente da sua capacidade, seja aceite e valorizada.

O Special Olympics existe desde 1968 (desde 2001 em solo luso) e Portugal participou nos Jogos Mundiais Dublin2003, Shangai2007, Atenas2011, Los Angeles2015 e Abu Dhabi2019.

As provas são organizadas numa lógica de integração e de competição entre iguais, o que significa que é implementado o ‘divisioning’, com os atletas inscritos em séries com tempos semelhantes.

Em 2019, Portugal participou no Mundial com 31 atletas em nove modalidades e, devido à pandemia provocada pela covid-19, o Europeu de 2021 foi cancelado.