Para o ministro da Saúde não se pode perder a “oportunidade” de construir um novo bloco de partos “por haver falta de capacidade organizativas”.

O ministro da Saúde afirmou, esta terça-feira, que a maternidade do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, está em “pleno funcionamento”, garantindo que não há assim razão para alarme.

Manuel Pizarro falava aos jornalistas à margem de um encontro nas Caldas da Rainha sobre  o novo Hospital do Oeste, que vai ser construído no Bombarral, quando disse que estão a decorrer negociações com os profissionais de saúde da maternidade do Hospital de Santa Maria para os deslocar para o São Francisco Xavier durante as obras no bloco de partos.

“Numa sociedade democratica é normal e aceitável que haja diferenças de opinião. Só que é preciso tomar decisões. No caso do Santa Maria queria deixar claras duas coisas: Primeiro, a maternidade está em pleno funcionamento, não há razão de alarme; Segundo, tudo isto surge porque nós vamos, ao fim de 50 anos em que se reclamavam obras no bloco de partos do Santa Maria, transformá-lo no mais moderno e maior bloco de partos dos hospitais portugueses. Ora, não percamos essa oportunidade por haver falta de capacidade organizativas. Não se pode fazer uma obra desta dimensão com um bloco de partos a funcionar, nós estamos a falar de uma transformação profunda, isto implica um ajustamento”, realçou, admitindo que tem esperanças que os profissionais de saúde ponderem as suas decisões.

“Estamos convictos que o profissionalismo, o brio, as qualidades humanistas dos profissionais farão com que a grande maioria deles nos ajudem nesta operação que é boa para todos”, atirou.

Já sobre o novo hospital do Oeste, o ministro da Saúde revelou que este “vai ter 480 camas, é um hospital de grande dimensão, que vai ter praticamente todas as especialidades médicas”, como por exemplo, urgência de psiquiatria, e um “laboratório de aerodinâmica para os exames de intervenção cardíaca urgentes”.

De acordo com Manuel Pizarro, o novo hospital vai “aumentar em muito” a capacidade de resposta no Oeste, algo que hoje em dia é, reconheceu o responsável político, “muito insuficiente”.

O novo hospital do Oeste vai ser construído na Quinta do Falcão, no Bombarral, num prazo estimado de cinco anos.