A taxa de desemprego na Alemanha manteve-se em 5,5% em junho, com 2.555.000 pessoas sem trabalho, mais 11.000 do que no mês anterior, um aumento que reflete o impacto do fraco desenvolvimento económico no mercado laboral.

Em dados corrigidos das variações sazonais, o número de pessoas sem trabalho na Alemanha aumentou em 28.000, de acordo com dados divulgados hoje pela agência federal de emprego alemã (BA).

Em comparação com junho de 2022, o número de desempregados aumentou em 192.000 e a taxa de desemprego subiu três décimas de ponto percentual.

Mesmo sem ter em conta os refugiados ucranianos, o desemprego teria aumentado em relação ao ano anterior.

“As condições económicas mais difíceis estão agora a fazer-se sentir também no mercado de trabalho: o desemprego está a aumentar e o crescimento do emprego está a perder força”, afirmou Andrea Nahles, presidente da BA.

O subemprego, que também tem em conta as mudanças na política laboral e a incapacidade de curto prazo para o trabalho, aumentou em dados corrigidos de variações sazonais em 3.000 em relação ao mês passado, para 3.409.000, ou seja, mais 301.000 do que há um ano.

Excluindo os refugiados ucranianos, o número de subempregados teria sido apenas mais 75.000 do que no ano passado.

O número de trabalhadores em regime de trabalho a tempo reduzido subsidiado (“Kurzarbeit”) situou-se em 135.000 em abril – o último mês com dados reais – depois de 160.000 em março e 151.000 em fevereiro.

Em junho, 766.000 pessoas receberam subsídio de desemprego, mais 77.000 do que há um ano.

Além disso, 3.921.000 pessoas – 7,2% da população ativa – receberam a prestação social básica para quem procura emprego em junho, mais 123.000 do que há um ano.

Em junho, foram registadas 769.000 vagas na BA, menos 108.000 do que há um ano.

Isto continua o declínio ajustado sazonalmente na procura de mão-de-obra registada que tem sido observado no ano passado.

No entanto, em termos globais, a procura de pessoal mantém-se a um nível comparativamente elevado.