Assessor de Tinubu elogia venda de armas norte‑americanas e admite encontro “nos próximos dias”, mas a AFP vinca que não há confirmação oficial do meeting.
Donald Trump ameaçou suspender toda a ajuda e ponderar uma ação militar na Nigéria se continuarem “assassinatos de cristãos”, afirmando que os EUA poderiam intervir “disparando indiscriminadamente” para “aniquilar completamente” os “terroristas islâmicos” responsáveis, em publicação na sua plataforma Truth Social.
Em resposta, a Presidência nigeriana manifestou disponibilidade para uma reunião entre Bola Tinubu e Trump, a realizar na State House, em Abuja, ou na Casa Branca, destacando que Washington “ajudou muito” ao autorizar a venda de armamento utilizada na luta antiterrorista.
O assessor de Tinubu indicou que a questão de saber se os ataques visam apenas cristãos ou “todas as confissões e os não crentes” será discutida entre os líderes, embora, segundo a AFP, o encontro ainda não esteja oficialmente confirmado.
As ameaças dos EUA surgem após meses de pressão de políticos conservadores norte‑americanos e de associações cristãs que falam em “genocídio”, ecoadas por setores da extrema‑direita europeia, leitura que tem sido contestada por especialistas.
No terreno, a Nigéria continua a enfrentar grave insegurança, incluindo a insurgência jihadista do Boko Haram no Nordeste, responsável por mais de 40 mil mortos e mais de dois milhões de deslocados desde 2009, de acordo com estimativas das Nações Unidas.


































