O Irão rejeitou hoje as acusações dos Estados Unidos sobre tentativas de interceção de navios no Estreito de Ormuz, indicando que uma das embarcações era alvo de uma ordem de apreensão por alegadamente ter colidido com um navio iraniano.
O Centro de Investigação Marítima e Resgate da província iraniana de Hormozgan indicou que o navio “Richmond Voyager”, com pavilhão das Bahamas e gerido pela empresa norte-americana Chevron, colidiu com uma embarcação do Irão provocando sete feridos e danos materiais.
O navio “Richmond Voyager” prosseguiu a sua rota sem se responsabilizar pelo incidente, tendo o proprietário da embarcação iraniana pedido uma ordem judicial de arresto, segundo referiu a mesma fonte, citada pela agência de notícias iraniana Tasnim.
O organismo iraniano explicou que o navio da Chevron foi localizado na quarta-feira nas águas territoriais de Omã, ignorando as advertências da Armada iraniana e mudando de direção, pelo que a situação foi comunicada às autoridades de Mascate.
De acordo com os Estados Unidos da América (EUA), o “Richmond Voyager” chegou a emitir um pedido de socorro porque a Marinha iraniana efetuou diversos disparos de intimidação, incidente que seria ultrapassado sem registo de vítimas ou danos materiais.
A Quinta Frota dos EUA acusou o Irão de tentar intercetar petroleiros perto do Estreito de Ormuz apesar de se encontrarem em “águas internacionais”, acrescentando que a mesma situação ocorreu com outro navio, identificado como “TRF Moss”, com pavilhão das Ilhas Marshall.
O navio iraniano abandonou a zona quando o contra-torpedeiro “USS MacFaul” da Marinha de Guerra dos Estados Unidos se aproximou do “TRF Moss”.
Sobre este caso em concreto, as autoridades iranianas não se pronunciaram.