O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) manteve o castigo de 35 meses de suspensão a Miguel Afonso, ex-treinador da equipa feminina do Famalicão, pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), por assédio sexual e discriminação.

Miguel Afonso foi castigado com uma pena de suspensão de 35 meses e 5.100 euros de multa pelo CD da FPF, pela “prática de cinco infrações disciplinares” muito graves, decorrentes de “comportamentos discriminatórios em função do género e/ou da orientação sexual”, em 03 de novembro de 2022.

O técnico de 41 anos contestou a pena para o TAD, que, na segunda-feira, segundo o acórdão a que a Lusa teve hoje acesso, manteve o castigo, cujos atos remontam ao início da época 2020/21, quando este treinava a formação feminina do Rio Ave.

“Nestes termos (…), decide-se negar provimento ao recurso interposto pelo demandante [Miguel Afonso] e, em consequência: Julgar improcedente a ação proposta pelo Demandante, não julgando provada a nulidade e as anulabilidades invocadas pelo mesmo e, em consequência, mantém-se na íntegra a decisão recorrida na parte que condena o demandante, confirmando tal aresto nos seus precisos termos”, lê-se no referido documento.

Miguel Afonso foi alvo de denúncias de jogadoras do Rio Ave em 2020/21, noticiadas no jornal Público, que deram lugar a outras sobre o antigo técnico de Bonitos de Amorim (2019/20) e Ovarense (2021/22), e, depois, Famalicão, que o suspendeu.

Em 01 de fevereiro último, o TAD também confirmou o castigo imposto pelo CD da FPF ao dirigente do Famalicão Samuel Costa, igualmente por comportamentos de assédio sexual e discriminação a duas futebolistas, de ano e meio de suspensão, por três infrações muito graves e 3.060 euros de multa.

Antes de chegar ao Famalicão, no início da época passada, Samuel Costa, de 37, trabalhou no Vitória de Guimarães (2020/21) e no Valadares Gaia (2021/22).