A Rússia acusou hoje a comunidade internacional de “dar mais importância a matar do que a proteger”, referindo-se à declaração do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que salientou a importância de fornecer armas à Ucrânia.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, criticou o chefe da diplomacia ucraniana, Dimitri Kuleba, pelos seus comentários sobre a adesão do país à NATO e sugeriu sarcasticamente que este deveria “participar de um programa de educação à distância na academia de diplomatas do Ministério russo”.

Zakharova criticou ainda Stoltenberg por ter dito que é mais importante fornecer armas à Ucrânia do que “dar garantias de segurança da NATO” ao país que sofre neste momento uma invasão das forças russas, denunciando que para a Aliança Atlântica é “mais importante matar do que proteger”.

Mas a porta-voz da diplomacia russa foi particularmente dura com Kuleba, acusando-o de estar a ser manipulado pelos interesses ocidentais.

“Estúpido! Ele deve aprender as regras antes do início do jogo, não depois”, disse Zakharova, numa mensagem na rede social Telegram onde aludiu aos comentários de Kuleba sobre os próximos passos para Kyiv se juntar à Aliança Atlântica.

A porta-voz russa disse que este jogo diplomático está “baseado nas regras inventadas pelos ocidentais”, argumentando que “o mais inteligente é não participar”, antes de acrescentar que “essas regras são alteradas de imediato quando os resultados não são os desejados”.

“A alternativa é o Direito Internacional, que é apoiado pela maioria das pessoas sensatas”, disse Zakharova, antes de atacar também o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, que manifestou preocupação com as garantias de segurança dos países do G7.