O país vizinho une-se contra o machismo e a misoginia e aponta baterias a destituir do cargo um dos seus grandes impulsionadores, o ainda presidente da Real Federação Espanhola de Futebol.
A paciência tem limites e esgotou-se num beijo que parece eterno. O beijo de Luis Rubiales a Jenni Hermoso feriu não só um país, como um continente. Um Velho Continente onde reclamamos a gritos a igualdade de género, mas em que várias personalidades continuam a prejudicar a evolução dos tempos e a proliferar o machismo e a misoginia.
As atitudes de Luis Rubiales, após o triunfo da seleção espanhola no Mundial Feminino, em Sidney, fizeram ver que este dirigente está a mais no desporto e que o único caminho a seguir passa pela sua demissão. Todos se uniram nesta premissa e apenas o ainda líder da RFEF poderá ver algo de diferente em algo que é “inaceitável” e para as quais as “desculpas não são suficientes”.
O ainda chefe de governo do país vizinho, Pedro Sánchez, foi claro e frisou que há ainda muito a fazer: “As jogadoras fizeram de tudo para ganhar, mas houve alguns comportamentos, como o do Sr. Rubiales, que mostram que no nosso país ainda há um longo caminho a percorrer em termos de igualdade e respeito entre mulheres e homens”.