Daniel Abed Khalife desapareceu da prisão de Wandsworth, em Londres, pouco antes das 8 da manhã desta quarta-feira.
Foi lançada uma caça ao homem a um soldado britânico que aguarda julgamento por acusações de terrorismo, depois de ele ter fugido de uma prisão londrina esta quarta-feira, vestido de cozinheiro, segundo informaram as autoridades.
Daniel Abed Khalife, de 21 anos, desapareceu da prisão de Wandsworth, no sudoeste da capital britânica, pouco antes das 8 horas da manhã, hora local. Estava a aguardar julgamento por crimes de terrorismo e alegadas violações da Lei dos Segredos Oficiais.
Khalife é um membro no ativo do exército britânico. É acusado de ter colocado bombas falsas numa base militar, segundo a agência de notícias PA Media.
A fuga audaciosa e rara deu origem a uma vasta caça ao homem que atrasou os voos e levou a controlos reforçados nos portos britânicos.
Khalife estava vestido com um “uniforme de cozinheiro, ou seja, calças vermelhas e brancas, t-shirt branca e sapatos castanhos”, disse Dominic Murphy, comandante da Met Counter Terrorism, aos jornalistas à porta da Scotland Yard, em Londres, esta quarta-feira.
Segundo a agência PA News, ele terá escapado agarrado a uma carrinha de entregas. Quando questionado sobre estes relatos, Murphy disse que era a questão a devia ser respondida pelos serviços prisionais.
A polícia está a apelar ao público britânico para que ajude nas buscas.
O homem é magro, tem cabelo castanho curto e mede cerca de 1,80 metros de altura, segundo os agentes.
Murphy disse que Londres é atualmente o foco da investigação, mas que “também temos notificações para todas as forças do país”.
“Estamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos colegas fronteiriços para tentar compreender qualquer risco que possa representar a sua saída do país, pelo que, neste momento, podemos descrever isto como uma caça ao homem a nível nacional, envolvendo todas as forças do país que tenham informações que nos possam ser úteis”, continuou Murphy.
Questionado sobre se espera que o homem fuja do país, Murphy disse: “É difícil dizer neste momento. Estamos abertos a qualquer possibilidade de ele ir para onde quer que seja, e penso que é por isso que o apelo ao público é tão importante, porque, na verdade, ele está atualmente a monte no Reino Unido e, embora estejamos concentrados em Londres, ele está ligado a outras partes do Reino Unido, incluindo o noroeste do país, pelo que temos de trabalhar com toda a gente para tentar encontrá-lo”.
A polícia anunciou as acusações contra Khalife em janeiro. Na altura, alegaram que ele “obteve ou tentou obter informações de um tipo suscetível de ser útil a uma pessoa que comete ou prepara um ato de terrorismo” em agosto de 2021.
Outra acusação alegou que ele colocou um item “com a intenção de induzir em outros a crença de que o referido artigo poderia explodir ou inflamar e, assim, causar ferimentos pessoais ou danos à propriedade”.