O Partido Popular (PP) não conseguiu, conforme era já previsto, arrecadar suficientes votos para que a investidura de Alberto Núñez Feijóo fosse aprovada.
Foi, oficialmente, chumbada a proposta de governo do Partido Popular (PP), dirigido por Alberto Núñez Feijóo, em Espanha, numa primeira votação de investidura. Uma maioria absoluta de 178 votos contra (entre 350 deputados) adiou uma decisão para a sexta-feira – embora se espera que o resultado seja similar.
Após uma manhã de debate no Congresso dos Deputados, e tal como já era previsível, o PP não conseguiu arrecadar os 176 votos suficientes para avançar com a sua proposta de Governo.
A favor da investidura de direita votaram 172 deputados (PP, VOX, Coalición Canária e UPN), votando contra os restantes 178 deputados.
Assim, volta a ficar em aberto a situação política em Espanha, após as eleições legislativas de julho deste ano, em que o PP venceu, mas sem alcançar a maioria absoluta.
A Constituição espanhola estabelece que terá de haver por isso uma repetição da votação 48 horas depois, ou seja, na sexta-feira, precedida de novas intervenções de Feijóo e dos partidos, embora, desta vez, com limites de tempo.
Nesta segunda votação basta uma maioria relativa (mais votos a favor do que contra) para um candidato ser eleito primeiro-ministro, mas também este cenário é, pelo menos para já, quase impossível, como assume há semanas Alberto Núñez Feijóo.
Em causa está, ainda, uma eventual coligação do PSOE e do partido de extrema-esquerda Sumar, que falharam a conquista da maioria, com vários partidos de índole separatista. Entre eles o Junts per Catalunya, que exigiu uma amnistia para os detidos na sequência do denominado ‘procès’ catalão, em 2017.
Se na sexta-feira se confirmar o fracasso da investidura de Feijóo, o Rei deverá indicar a seguir um novo candidato a primeiro-ministro, com o socialista Pedro Sánchez a afirmar repetidamente que está disponível e que tem condições para reunir os apoios necessários para ser reconduzido no cargo pelo parlamento.