Novo técnico do SC Braga fala sobre expectativas para o primeiro jogo no comando da equipa principal.

Na antevisão do confronto com o Arouca ficou notavelmente marcada pela estreia de Rui Duarte como técnico da equipa principal, assumindo o lugar deixado por Artur Jorge, que partiu para o Botafogo.

O treinador interino do Braga expressou seus sentimentos ao ter a oportunidade de liderar a equipe principal do clube.

Esta é a oportunidade da sua vida?
“É uma boa oportunidade conseguida com muito trabalho. Estou orgulhoso por estar aqui, é sinal que acreditam em mim e no meu trabalho. Traz responsabilidade, para estes sete jogos. Quero ajudar a equipa a cumprir o objetivo e esta é a minha missão: pensar no objetivo coletivo e muito menos em mim.”

Sensações que tem para amanhã?
“Chegar aqui e ter um jogo contra o Arouca é o próximo. Não estamos a pensar no Arouca ou no treinador do Arouca, mas na forma como podemos ganhar, entrar fortes e serenos, mas confiantes. E conseguir os três pontos.”

Tem peso saber que do outro lado estará o próximo treinador do Braga?
“Não me passa ao lado. Sabemos o que está em cima da mesa, mas nem há tempo para pensar. Foram três dias muito intensos, de entrar na dinâmica da equipa, de vitória. Esse tempo foi muito mais passado em perceber de forma inteligente em não fazer grandes mudanças, inteirar-me dos comportamentos estratégicos e acrescentar aqui e ali o meu cunho pessoal, mas sem fugir ao que estava a ser feito.”

Não considera desmotivador poder acabar em terceiro lugar e não continuar?
“Eu vejo como uma oportunidade, não estou minimamente fragilizado. Quando cheguei aqui sinto que confiaram em mim, que estavam atentos e que se trabalha bem na formação. A minha missão é dar continuidade ao que estava a ser feito, ao projeto do presidente. Poder sentir-me fragilizado em sete jogos não faz sentido. É uma oportunidade para mim e para a minha carreira. Não fico condicionado por estar a prazo. Sou extremamente ambicioso e este era um passo que queria dar e dar algo mais à equipa.”

Ambicionava atingir este patamar?
“Obviamente que sim. Pretendia chegar a esta patamar, um clube incrível, só quem está cá dentro é que percebe a grandeza do clube. Ainda hoje estive na Academia e a forma como se vive, a identidade que se cria é uma coisa incrível. A prova disso é que este clube olha para dentro.”

O que lhe pediu o presidente?
“Pediu-me trabalho, de forma honesta, e ajudar a equipa. Ser genuíno em criar bom envolvimento entre jogadores e equipa técnica. Têm sido dias incríveis, mas não nos deslumbramos, sabemos os passos a dar e há espaço para sermos mais fortes. E acredito que vamos continuar a crescer. Chegar ao fim destes dois meses e meio e conseguir o objetivo. Como disse, muito menos a pesnar em mim, muito mais a pensar na equipa e no clube.”

Qual foi impacto da sua entrada no grupo?
“Entrámos de uma forma verdadeira, frontal, a dar opinião. Tenho um conhecimento aprofundado de tudo e houve uma grande partilha, sobretudo com os mais experientes e perceber os problemas. Não estou aqui para pôr a minha ideia em prática, estou aqui para ganhar. Ponto. Com tempo, se não for hoje ou depois destes sete jogos, será a minha altura de colocar o meu cunho pessoal. Se cheguei aqui é fruto de muita dedicação, ninguém me ajudou a chegar cá. Todos, em conjunto, trabalhámos muito para chegarmos onde estamos. Estou orgulhoso, mas com responsabilidade, sempre encarada com coragem.”

A equipa técnica liderada por Rui Duarte, o novo treinador do Sp. Braga:

Além dos adjuntos Frederico Carmo, Rúben Teles e Pedro Costa, transitam ainda do «staff» de Artur Jorge os treinadores de guarda-redes Eduardo Carvalho e Orlando Silva.