A empresa Glooma, com sede em Braga, está a liderar uma inovação que promete revolucionar a deteção precoce do cancro da mama. Com o desenvolvimento da SenseGlove, uma luva equipada com sensores e algoritmos de Inteligência Artificial, a empresa visa aumentar as taxas de sobrevivência através de um método mais eficaz de autoexame mamário.
O reconhecimento do potencial desta tecnologia veio com a recente conquista do prémio BfK Awards, atribuído pela Agência Nacional de Inovação em colaboração com os Prémios Empreende XXI. Este reconhecimento destaca não apenas o mérito da Glooma, mas também a importância do avanço tecnológico na área da saúde.
Com base nos dados da Organização Mundial da Saúde, que apontam para milhões de casos de cancro da mama a cada ano, a Glooma enfatiza a urgência da deteção precoce. A SenseGlove surge como uma resposta a esta necessidade, oferecendo uma ferramenta de triagem doméstica e portátil que complementa os métodos tradicionais de rastreio.
Através da sua função de “Lembrete”, a SenseGlove incentiva as utilizadoras a realizar o autoexame de forma regular, fornecendo também um registo detalhado dos resultados ao longo do tempo. Esta abordagem não só capacita as mulheres a compreenderem melhor as suas próprias mamas, como também facilita a comunicação com os profissionais de saúde.
Os resultados preliminares da prova de conceito e validação clínica mostram uma taxa de sucesso significativa, com 88% de deteção precisa de alterações no tecido mamário. Atualmente, a Glooma já está a colaborar com quatro hospitais portugueses e está em processo de distribuição dos primeiros pilotos pagos.
O reconhecimento pelo BfK Awards não só destaca o potencial do SenseGlove, mas também impulsiona a empresa na sua missão de tornar esta tecnologia acessível e eficaz para todas as mulheres. Com o registo previsto na FDA nos Estados Unidos no próximo ano e planos para expandir a distribuição, a Glooma está determinada a fazer a diferença na luta contra o cancro da mama.
Sílvia Garcia, administradora da ANI, salienta “a grande importância do projeto para a sociedade. Cada vez mais em Portugal há uma transferência de conhecimento para a economia efetiva, cada vez mais a ciência é pensada para resolver os problemas sociais e económicos com que nos confrontamos e isso não podia ser mais positivo. É por esta inovação colaborativa que a ANI luta todos os dias”.