Endesa decide não cobrar custo da tarifa social de eletricidade aos clientes

A Endesa anunciou nesta terça-feira que não irá repassar o custo da tarifa social de eletricidade aos seus clientes residenciais, no âmbito do novo modelo de repartição de custos que permite aos comercializadores cobrar esse valor ao consumidor final. Num comunicado enviado à imprensa, a Endesa informou que “não irá transferir este custo para todos os seus clientes, sempre que se trate de clientes residenciais”, destacando que “esta decisão terá um impacto significativo nos resultados da Endesa Portugal”.

A Lusa havia questionado os principais comercializadores de eletricidade – Endesa, EDP, Galp e Iberdrola – sobre se pretendiam refletir os custos com a tarifa social de eletricidade nas faturas dos clientes, mas até ao momento não recebeu mais respostas.

No final de abril, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) publicou as diretrizes para o novo modelo de partilha do financiamento desse apoio, estimando um custo de 44,4 milhões de euros para os produtores e 92,1 milhões para os comercializadores em 2024.

A esse montante acrescem ainda 14,8 milhões de euros (5,3 milhões para os eletroprodutores e 9,5 milhões para os comercializadores), referentes ao período de 18 de novembro a 31 de dezembro de 2023, uma vez que o modelo tem efeitos retroativos à aprovação da alteração pelo anterior Governo.