Aliança recorre a banco de imagens de gente bonita

O site do partido de Santana Lopes recorreu a uma foto de jovens bonitos estrangeiros, de um banco internacional de imagens, para captar novos militantes. O Aliança garante que a opção será provisória.

Jovens, belos e sorridentes. Esta foi a fórmula encontrada pelo Aliança para ilustrar a campanha que tem como objetivo convencer os portugueses a militarem no mais recente partido, liderado por Pedro Santana Lopes.

Sob o lema “Portugal pode muito mais” e com um fundo azul claro, o site abre com uma imagem de seis jovens – três rapazes e três raparigas – com a mensagem “Há um novo partido em Portugal”, que são tudo menos cidadãos nacionais ou militantes do Aliança.

A imagem pertence ao banco de fotos “ShutterStock”, com a legenda “Grupo de jovens atraentes em pé”.

Ao JN, o porta-voz do Aliança, Tiago Sousa Dias, explicou que a atual imagem do site será substituída até ao congresso do partido, que irá ocorrer no fim de semana de 9 de fevereiro. “Os responsáveis pelo site é que escolheram essa imagem e o site estará no ar provisoriamente até contarmos com uma plataforma definitiva”, adiantou.

Sousa Dias frisou ainda que a imagem usada num outdoor do partido, em que Santana Lopes surge de camisa branca e mangas arregaçadas, ao lado de um jovem casal louro, não pertence a um banco de fotos. “Tratam-se da advogada Ana Pedrosa-Augusto e do professor Bruno Ferreira Costa, militantes e porta-vozes do partido que já surgiram num vídeo no Youtube”, explicou.

O recurso pelas forças políticas a banco de imagens não tem sido generalizado. O caso mais conhecido, e problemático, foi durante a campanha eleitoral para as legislativas de 2015, quando a coligação “Portugal à Frente” usou caras de modelos estrangeiros de uma agência de imagens sem que tivesse licença da mesma para fins políticos. Quando a licença chegou já cartazes estavam nas ruas há algum tempo.

O PS também deu um passo em falso na altura, ao colocar na rua outdoors com fotos de alegados desempregados, quando na verdade se tratavam de colaboradores da Junta de Freguesia de Arroios, em Lisboa, liderada pela socialista Margarida Martins.