Artista tinha 85 anos

Dora Leal, uma figura proeminente do teatro de revista desde a década de 1960, faleceu na noite de segunda-feira em Lisboa, conforme informou à Lusa uma fonte da Casa do Artista.

A atriz, que residia na Casa do Artista, estava internada no Hospital S. Francisco Xavier.

Dora Leal estreou-se no Teatro Variedades, no Parque Mayer, em Lisboa, em 1964, na revista “Elas São o Espectáculo”. Foi neste palco que conheceu José Viana (1922-2003), seu futuro marido, com quem formou uma dupla de grande sucesso nos palcos e na televisão.

Ao longo de mais de três décadas de carreira, Dora Leal coprotagonizou várias comédias e revistas, incluindo “Eh pá pega na vassoura”, “A Grande Jogada” e “Sua Excelência, o Pendura”, sempre ao lado de José Viana.

Na televisão, a atriz participou em programas como “Grande Noite” e “Ora Viva”, e em comédias como “O Milagre em Casa dos Lopes”. Entre as suas interpretações mais memoráveis destacam-se as rábulas “O ardina” e “A cigana Dora”.

Em 1974, após a queda da ditadura, Dora Leal foi uma das fundadoras da Adoque – Cooperativa de Trabalhadores de Teatro, juntamente com Henrique Viana, António Montez, Francisco Nicholson, o cenógrafo Mário Alberto e José Viana. Em 1976, fundou a Cooperativa de Teatro Popular, em Almada, com Rogério Paulo, António Machado, Maria Dulce e José Viana.

Em 2013, numa homenagem ao casal de atores, a Junta de Freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa, organizou uma exposição retrospetiva das suas carreiras, assinalando os 10 anos da morte de José Viana.