Líder do Chega mantém exclusão das negociações do Orçamento do Estado, mas abre porta para aprovação de medidas isoladas sobre impostos.

O presidente do Chega, André Ventura, reafirmou hoje que o partido não participará nas negociações do Orçamento do Estado para 2025, descrevendo a decisão como “irrevogável”. No entanto, Ventura admitiu a possibilidade de apoiar propostas relativas ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), desde que essas medidas sejam tratadas de forma independente do orçamento.

Em declarações feitas antes de uma reunião na Valorsul, Ventura criticou o governo, acusando-o de “traição” ao não aceitar negociar em áreas fundamentais para o Chega, como imigração, combate à corrupção e reorganização orçamental com menos impostos. Segundo o líder do partido, as negociações com o governo foram encerradas porque o governo decidiu negociar com o PS, sem incluir o Chega.

Apesar dessa exclusão das negociações orçamentais, Ventura deixou claro que, se o governo decidir apresentar propostas específicas sobre IRC e IRS fora do contexto do orçamento, o Chega estará disposto a aprová-las. “Se o governo estiver realmente empenhado em aprovar estas matérias, vai retirá-las do Orçamento de Estado e colocá-las noutra sede, e então terá a aprovação garantida pelo menos da parte do Chega”, afirmou.

André Ventura destacou que sua posição é definitiva, marcando uma postura firme e diferente do “irrevogável” que acabou por não se concretizar há 10 anos, numa referência ao ex-líder do CDS-PP, Paulo Portas. Com isso, o Chega mantém sua estratégia de oposição ao governo, mas abre a possibilidade de acordos pontuais em áreas específicas.

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