Plano frustrado envolvia vigilância e tentativa de ataque liderados por membro da Guarda Revolucionária

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou, esta sexta-feira, acusações criminais contra um cidadão iraniano envolvido numa conspiração para assassinar o Presidente eleito Donald Trump. De acordo com uma queixa criminal submetida ao tribunal federal de Manhattan, a trama foi organizada pela Guarda Revolucionária do Irão, que terá instruído o suspeito a vigiar Trump e planear um ataque.

Segundo a denúncia, o homem identificado como Farjad Shakeri revelou ao FBI que havia sido pressionado a desenvolver um plano para executar o atentado num prazo de sete dias, pedido que acabou por não cumprir. A ação era parte de um esforço contínuo das autoridades iranianas para visar figuras políticas americanas, incluindo Trump, devido a tensões persistentes entre Washington e Teerão.

Os documentos judiciais também indicam que, caso o plano não fosse concretizado antes das eleições, o Irão pretendia suspender a operação temporariamente, acreditando que a eventual derrota de Trump tornaria mais fácil atingi-lo posteriormente. As acusações surgem poucos dias após Trump vencer a democrata Kamala Harris, reforçando a preocupação sobre ameaças externas que se mantêm relevantes para a segurança nacional.

O republicano Donald Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.

Trump segue também à frente da adversária democrata no voto popular, com 50,7% contra os 47,7% de Kamala Harris.

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