O Moreirense conseguiu uma impressionante reviravolta e venceu o Gil Vicente por 3-2, na noite de sexta-feira, em partida que abriu a 11ª jornada da I Liga. A jogar no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, o Gil Vicente inaugurou o marcador aos 25 minutos, com Tidjany Touré, e ampliou a vantagem no início do segundo tempo, com um golo de Aguirre aos 47 minutos.

Contudo, a equipa de Moreira de Cónegos não se deu por vencida e, com determinação, começou a recuperação. Schettine marcou aos 65 minutos, reduzindo a diferença para 2-1, seguido por Dinis aos 70 minutos, que empatou a partida. A reviravolta foi confirmada aos 87 minutos com um golo de Asué, garantindo os três pontos para os cónegos.

Com esta vitória, o Moreirense ascende provisoriamente ao sétimo lugar, somando agora 17 pontos, enquanto o Gil Vicente desce para a 10ª posição, com 10 pontos.

Declarações de César Peixoto, treinador do Moreirense, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após o triunfo 3-2) frente ao Gil Vicente:

«É uma vitória épica da forma como foi feita. Tivemos melhor na primeira parte, o Gil Vicente é uma boa equipa, com qualidade, acaba por chegar ao golo numa transição. Nós com remates na baliza, apertámos o guarda-redes a fazer boas defesas. Injustamente saímos a perder ao intervalo, tínhamos de corrigir uma coisa ou outra a defender, continuar a acreditar ofensivamente, com mais agressividade. Mas, a verdade é que num lance fortuito sofremos o segundo golo. Aí os jogadores foram uns guerreiros, acreditaram até ao final. Colocámos dois avançados, a malta que entrou do banco aportou qualidade, acreditaram também e fomos construindo uma vitória que acho que é justa da nossa parte. Não precisávamos de ter sofrido tanto, mas merecidamente com a alma da equipa a vitória acaba por ser justa.

[Asué volta a marcar muito tempo depois] «É um jogador que acreditamos muito, um miúdo trabalhador, humilde, teve um problema físico, o que o foi limitando. Os avançados vivem de golos, mas trabalha muito, para a equipa, foi trabalhando, nunca deixamos de acreditar nele. O Schettine, que chegou mais tarde, apareceu bem, tem estado bem, tem feito golos. O que tem feito a diferença é esta concorrência interna forte, que faz com que não facilitem no dia-a-dia, ajudando a equipa quando são necessários, como aconteceu com o Asué hoje».

[Boa vitória antes da paragem] «Não nos podemos esquecer que as duas derrotas que tivemos nos últimos jogos foram com o Porto e com o Vitória; fora. São duas das melhores equipas do campeonato. Após quatro jogos fora voltamos a jogar em casa, já tínhamos saudades de jogar no nosso estádio, era importante porque parar e trabalhar sobre vitórias é melhor. 17 pontos é bom, mas ainda temos muito campeonato, é descansar e dar os parabéns ao jogador pelo trabalho. O grupo é fantástico e teve alma».

Declarações de Bruno Pinheiro, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após a derrota (3-2) frente ao Moreirense:

«Não é fácil fazer a análise ao jogo. Conseguimos fazer dois golos, acabamos por ser empurrados para trás; o primeiro golo desestabilizou a equipa, podíamos ter feito golos, não fizemos e o adversário fez, infelizmente para nós. O jogo está perdido, temos de pensar nos próximos jogos».

[Félix Correia e Touré juntos] «São dois jogadores que são mais fortes a jogar à esquerda, o que perde menos a jogar à direita é o Félix Correia. O Objetivo era ganhar, optámos por colocar estes dois jogadores que achámos que nos podiam ajudar a chegar ao golo e a vencer».

[Paragem benéfica] «Pela teoria diria que sim, quanto mais tempo a trabalhar melhor, mas vamos ter dois jogadores na seleção e temos também um ou outro jogador tocado. A paragem vai ajudar a trabalhar mais, o foco está em tentar manter a baliza a zeros, não estamos a conseguir, o que nos está a custar pontos».

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