Líder da Iniciativa Liberal critica gestão e pede reorganização das equipas
O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, manifestou hoje a sua perplexidade quanto à permanência do presidente do INEM e da secretária de Estado da Gestão da Saúde nos seus cargos. À margem de um debate na Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Braga, Rui Rocha afirmou que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, é atualmente “um ponto de interrogação”, devido às investigações, auditorias e inquéritos em curso que determinarão o seu futuro.
Rui Rocha criticou a secretária de Estado por ter sido desautorizada pela ministra ao ser-lhe retirada a tutela do INEM, e defendeu a saída do presidente do INEM devido a “negligência grave” na gestão recente. O líder da IL sublinhou que os dados disponíveis são suficientes para justificar a demissão de ambos, e criticou o primeiro-ministro por evitar dar explicações sobre a situação.
Quanto à ministra da Saúde, Rui Rocha afirmou que é necessário aguardar pelos resultados dos inquéritos para tomar uma decisão. Ele também desmentiu rumores sobre a privatização do INEM, classificando-os como “um fantasma criado pela esquerda”.
Rui Rocha defendeu que a prioridade deve ser acabar com a prática de desviar recursos do INEM para outras áreas e garantir que o instituto tenha os recursos necessários para funcionar adequadamente. Além disso, destacou a importância de nomear pessoas competentes para os cargos, independentemente de filiações partidárias ou proximidade ideológica.
O Ministério Público abriu sete inquéritos relacionados com mortes possivelmente causadas por falhas no socorro do INEM. A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) também iniciou um inquérito devido a atrasos no atendimento de chamadas de emergência, agravados pela greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH), que coincidiu com a greve da função pública no dia 4 de novembro. A greve dos TEPH foi suspensa após a assinatura de um protocolo negocial entre o Governo e o sindicato do setor.