No Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra Mulheres, a APAV reforça o apelo à prevenção e ao combate desta realidade.

Entre 2022 e 2023, o distrito de Braga contabilizou 2.254 crimes de violência contra mulheres, num total nacional de 23.808 casos registados pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Apesar dos números preocupantes, Braga não está entre os distritos com maior incidência deste tipo de crime.

No âmbito do Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra Mulheres, celebrado esta segunda-feira, a APAV apela aos decisores políticos e à sociedade para que reforcem os esforços na prevenção, combate e apoio às vítimas, incluindo situações de violência doméstica, abuso sexual, assédio e maus-tratos físicos e psicológicos.

A maioria dos casos reportados a nível nacional envolveu mulheres entre os 18 e os 64 anos (14.505 vítimas), seguidas por crianças e jovens (3.434 casos) e pessoas idosas (2.446 casos).
  • Lisboa lidera os registos com 5.327 vítimas femininas (22,4%), seguida por Faro (4.060 casos, 17,1%) e Porto (3.270 casos, 13,7%).
  • Os distritos com menor número de registos foram a Guarda (65), Bragança (75) e Beja (91).

Perfil dos Agressores

Os autores dos crimes são maioritariamente do sexo masculino (68,5%), com idades entre os 36 e os 55 anos (21,2%). Em quase metade dos casos (47,3%), os agressores estão ou estiveram em uma relação de intimidade com a vítima. Outras relações familiares, como pais/mães (7,6%) ou filhos(as), também figuram entre os agressores.

Entre os 45.787 crimes reportados pelas vítimas femininas, o mais frequente foi a violência doméstica, com 37.153 registos. Este número sublinha a urgência de medidas que previnam e combatam este tipo de violência.
A Linha de Apoio à Vítima da APAV (116 006) está disponível nos dias úteis, das 08h00 às 23h00, para fornecer ajuda confidencial e gratuita a quem dela necessitar. A APAV também disponibiliza serviços especializados em várias regiões do país.
A APAV reitera a necessidade de sensibilizar a sociedade e reforçar políticas públicas que promovam a segurança e o bem-estar das mulheres, destacando que combater a violência é uma responsabilidade de todos.

Para mais informações ou para relatar um caso, não hesite em contactar os serviços da APAV.

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