O Vitória SC empatou 2-2 contra o Nacional, nesta segunda-feira, em jogo válido pela 15.ª jornada da I Liga, mantendo a sequência de jogos sem vencer.

Disputado em Guimarães, o encontro começou com o brasileiro Isaac Tomich a abrir o marcador para os madeirenses, aos nove minutos. Tiago Silva, aos 24, através de uma grande penalidade, e Nuno Santos, aos 49, inverteram o resultado a favor dos minhotos. No entanto, João Aurélio igualou para o Nacional nos descontos, aos 90+3.

Com este resultado, o Vitória SC permanece no sexto lugar, com 23 pontos, reduzindo a diferença para o Santa Clara, quinto colocado, que tem 27. Por outro lado, o Nacional subiu ao 13.º lugar, com 13 pontos, após a derrota frente ao Benfica na jornada anterior (0-2).

O técnico Rui Borges foi apontado pela imprensa desportiva como potencial sucessor de João Pereira no comando do Sporting, o que aumenta a especulação em torno do futuro do treinador vimaranense.

Declarações de Rui Borges, treinador do Vitória de Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o empate (2-2) frente ao Nacional da Madeira. O principal tema da conferência foi a possível mudança para Alvalade:

[Foi contactado pelo Sporting?] «Tenho contrato com o Vitória até 2026. O que quer que tenha de acontecer têm de falar com o Vitória primeiro. Estou focado na minha equipa e no jogo».

[Foi o último jogo no Vitória?] «Repito: o que quer que venha a acontecer tem de passar pelo Vitória. Nem a equipa nem o clube merecem que esteja aqui a falar disso, de uma notícia que saiu uma hora antes do jogo. Não sei o que se passou. Merecem que fale do jogo, da avaliação deles. O que tiver de acontecer vai acontecer, terá de passar sempre pelo Vitória primeiro».

[Já houve abordagem do de algum intermediário?] «Não lhe sei responder. Estava focado no jogo, são coisas que saíram uma hora antes do jogo, não falei sequer com o presidente sobre isso».

«Falhámos muitos golos, muitas situações para aumentar o resultado, não fomos felizes, voltamos a mandar de princípio ao fim. Na primeira parte fomos claramente superiores, na única vez que vão à baliza há uma má abordagem e chegam ao golo. Fizemos o 2-1, caímos um pouco em certos momentos, o que é natural, não conseguimos andar sempre no mesmo ritmo. Mesmo assim o Nacional não conseguiu chegar lá nenhuma vez. Sem criar nada foi mais competente na bola parada no último momento. Foram mais capazes na bola parada, nós não fomos capazes de finalizar da melhor forma».

[Passividade?] «Não, fomos bastante competentes e competitivos. Nesse lance, especificamente [primeiro golo], há uma má abordagem e acabámos por sair um pouco prejudicados, acabam por ser felizes. De resto não criaram nada, os dois lances que têm na baliza são os dois golos. Baixámos um pouco, não vamos conseguir andar sempre a mil à hora dez jogos seguidos. Tivemos calma, princípios, chegámos várias vezes a zonas de finalização, o Nacional, foi feliz em dois lances que teve».

Declarações de Tiago Margarido, treinador do Nacional da Madeira, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o empate (2-2) frente ao Vitória de Guimarães:

[Significado do ponto alcançado?] «É um ponto importante para nós, sabíamos que íamos ter dificuldades perante uma equipa que conseguiu um apuramento histórico na Liga Conferência, o que por si só é um indicador das dificuldades que sabíamos que íamos ter. Pelo que fizemos na segunda parte acreditamos que podíamos tirar alguma coisa do jogo. É um golo que nos premeia, o grupo acredita, era merecido viver este momento, é um ponto importante na nossa caminhada. Em Barcelos sofremos na fase final».

[Alterações ao intervalo] «As alterações deveram-se ao facto de detetarmos que os extremos do Vitória não estavam a baixar. Passamos a jogar entre linhas e, dessa forma, baixando o Bruno Costa, criámos dificuldades ao Vitória, porque desajustámos as referências de pressão que tinham. O Isaac é um avançado mais de transição, o Dyego Sousa é um jogador mais de jogo entre linhas. Foram esses os motivos das alterações».