O Vitória de Guimarães anunciou, nesta quinta-feira, Daniel Sousa como o novo treinador da equipa principal, sucedendo a Rui Borges. O técnico de 40 anos assinou um contrato válido até junho de 2026 e já orientará o treino desta tarde.
A saída de Rui Borges, que rumou ao Sporting através de um acordo de mais de quatro milhões de euros, levou a estrutura do Vitória a optar por Daniel Sousa, cuja experiência e visão estratégica foram determinantes para a escolha.
A equipa técnica liderada por Daniel Sousa incluirá Maxi Pereira, que já trabalhou com o treinador no Sporting de Braga, além de Francisco Matos, Ricardo Jorge Ribeiro, Gonçalo Barbosa, João César Pereira, Douglas Jesus e Rui Cunha.
Daniel Sousa começou a temporada no comando técnico do Sporting de Braga, mas foi despedido em agosto, após quatro jogos. Desde então, encontrava-se sem clube. Antes disso, foi treinador principal do Gil Vicente e do Arouca e desempenhou funções como adjunto e analista em equipas de renome, como FC Porto, Marselha, Zenit e Tottenham, integrando as equipas técnicas de André Villas-Boas.
Com este novo desafio, Daniel Sousa procura consolidar a sua carreira como treinador principal, ao serviço de um clube com tradição e ambição no futebol português.
António Miguel Cardoso, presidente do V. Guimarães, abordou a saída de Rui Borges e deu as boas-vindas a Daniel Sousa
Esta quinta-feira, Na apresentação, António Miguel Cardoso, presidente do clube, deu as «boas-vindas» ao novo técnico e garantiu que o mesmo vai ser apoiado pelo «clube, cidade e região».
«Estamos muito contentes. É um mister que acompanhamos há muito tempo. Achamos que esta é a oportunidade certa. Rapidamente entrámos em contato e acertamos agulhas. Não mais que começar a trabalhar. Temos treino hoje (quinta-feira) à tarde. Temos jogos que se avizinham muito brevemente», começou por dizer na conferência de imprensa.
«É dar as boas-vindas ao mister e dizer que terá um clube, uma cidade, uma região e muitos apoiantes a lutar por si e pelo Vitória. É com muito orgulho e prazer que estamos aqui para recebê-lo», acrescentou.
Questionado sobre os vários nomes que foram surgindo na imprensa nacional para tomar o cargo de Rui Borges, o presidente dos Vitorianos assegurou que o clube já andava atento aos passos do técnico luso.
«Saída de Rui Borges foi inesperada? Sim, mas sabemos que no futebol as coisas são desta forma. Temos de estar sempre preparados para reagir. É normal que o Vitória esteja sempre atento ao que é o mercado. Se falaram de outros nomes, nada tem a ver com o nosso posicionamento. É normal que o Vitória esteja atento e conheça outros treinadores», referiu.
«Desde o momento em que percebemos que ia acontecer o que aconteceu, em relação ao mister Rui Borges, falei rapidamente com o Daniel. Obviamente que conhecemos o percurso e todo o trabalho que tem feito, por isso achámos que isto seria o momento certo», destacou.
Na sequência, António Miguel Cardoso abordou o respeito que há entre o V. Guimarães e o Sporting e explicou o porquê de não ter obrigado Rui Borges a dar «30 dias à casa», tal como fizeram os leões aquando da saída de Ruben Amorim para o Man. United, pois não fazia sentido continuar com um treinador após este manifestar intenção de sair.
«Todos os clubes e administrações têm formas diferentes de pensar. Todos nos respeitamos e ainda bem que assim é. Não pedimos 30 dias porque a partir do momento em que um treinador manifesta a vontade de sair, para nós sai cinco minutos antes. Não existe fazer os próximos jogos, nós temos outra postura. Respeito a posição de Rui Borges. Surpreendido? Sim, mas faz parte daquilo que é o futebol.
Por fim, falou sobre a cláusula que o V. Guimarães tem com o Moreirense, antigo clube de Rui Borges: 4,1 milhões? Houve aqui uma negociação com o Sporting, com Rui Borges e adjuntos. Chegamos a um valor. Não será 50/50, mas andará aproximado. Pormenores serão dados mais à frente», concluiu.
