A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um aviso para a população devido ao agravamento das condições meteorológicas nos próximos dias, particularmente na região do Minho, como resultado da depressão “EOWYN”.
Queda de neve e cheias previstas
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), são esperados períodos de chuva forte, trovoadas, ventos com rajadas até 90 km/h e forte agitação marítima, com ondas de até sete metros na costa ocidental. Adicionalmente, prevê-se queda de neve a partir de segunda-feira, sobretudo nas regiões Norte e Centro, afetando também as terras altas do Minho.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) alertou para o aumento significativo dos níveis de água nas bacias hidrográficas, com destaque para:
- Rio Lima: Possibilidade de cheias em Ponte da Barca e Ponte de Lima;
- Rio Cávado: Risco a jusante de Vilarinho das Furnas e Caniçada;
- Outras bacias afetadas incluem o Minho, Coura, Douro, Vouga e Mondego, com particular impacto em zonas ribeirinhas.
Apesar do aumento de caudais no Tejo, não se preveem situações críticas devido a afluências vindas de Espanha.
Riscos adicionais
A Proteção Civil também alerta para:
- Inundações urbanas devido a águas pluviais acumuladas ou sistemas de escoamento obstruídos;
- Instabilidade de vertentes, como deslizamentos de terra e derrocadas, agravadas pela saturação dos solos;
- Estradas escorregadias, com formação de lençóis de água.
Medidas preventivas e recomendações
A ANEPC aconselha a adoção de medidas preventivas, tais como:
- Garantir a desobstrução de sistemas de escoamento e remoção de materiais que possam ser arrastados;
- Fixar estruturas soltas (andaimes, painéis, etc.);
- Evitar atividades junto ao mar e áreas ribeirinhas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e evitando zonas inundadas;
- Evitar permanência em áreas arborizadas, devido ao risco de queda de árvores e ramos.
A Proteção Civil pede especial atenção às informações meteorológicas e às indicações das autoridades, lembrando ainda que a depressão “EOWYN” segue-se a “GAROE”, que recentemente causou mais de 700 ocorrências no continente e nos arquipélagos da Madeira e Açores.
Populações em zonas historicamente vulneráveis são instadas a redobrar cuidados, prevenindo danos pessoais e materiais.