Capital Portuguesa da Cultura aposta em processos participativos e prepara estudo sobre o impacto cultural na cidade
A Capital Portuguesa da Cultura, Braga 2025, pretende mobilizar cerca de 5 mil pessoas em processos de criação artística participativa e colaborativa ao longo do programa. O objetivo foi anunciado pela coordenadora executiva da iniciativa, Joana Meneses Fernandes, durante o evento de lançamento oficial realizado no sábado.
“Até ao final de 2025, esperamos envolver aproximadamente 5 mil pessoas na construção dos projetos artísticos que compõem o programa da Capital Portuguesa da Cultura”, afirmou Joana Fernandes à Rádio Universitária do Minho (RUM).
No evento de lançamento, cerca de 300 pessoas participaram em momentos como o espetáculo Quimera, o concerto Mulheres do Minho e o concerto de abertura na Avenida Central, que contou com a atuação de Mariza, iolanda e Dino D’Santiago.
Novo estudo sobre públicos culturais
A Braga 25 deu também início a um novo estudo sobre os públicos culturais da cidade, dando continuidade ao levantamento realizado em 2020 pelo Observatório de Políticas de Ciência e Cultura da Universidade do Minho. Este estudo anterior havia revelado um distanciamento dos universitários em relação ao consumo cultural e uma disparidade no acesso à cultura entre freguesias centrais e periféricas.
Joana Meneses Fernandes acredita que o atual contexto cultural de Braga será diferente: “Acreditamos que a Capital Portuguesa da Cultura e a sua programação trarão uma transformação significativa no consumo cultural da cidade.”
Destaques da programação
Para o primeiro trimestre de Braga 2025, já foram anunciados eventos como o concerto de Maria João Pires e um espetáculo inédito do encenador e realizador Marco Martins, encomendado especialmente para o programa.
O segundo trimestre promete mais novidades, incluindo a exposição Somos Todos Capitães, fruto de uma colaboração entre a Fundação Serralves e a Coleção de Arte Contemporânea do Estado, que ocupará diversos espaços emblemáticos da cidade.
Braga 2025 está determinada a afirmar-se como um marco cultural e a envolver ativamente a comunidade, reforçando a ligação entre os cidadãos e as artes.