O Município de Braga aprovou, na última sexta-feira, a construção de uma barreira de proteção e a renaturalização da margem esquerda do rio Cávado, junto ao Parque Industrial de Padim da Graça, com uma extensão de aproximadamente 470 metros. Esta medida tem como objetivo reforçar a resiliência do sistema fluvial e reduzir a vulnerabilidade da população e das atividades econômicas na região, especialmente face ao risco de cheias e ao aumento repentino do caudal do rio.
O vereador do Ambiente, Altino Bessa, destacou que a proposta integra soluções hidráulicas com abordagens baseadas na natureza, buscando minimizar os danos que as inundações podem causar. A iniciativa já estava prevista na revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), no âmbito da Área de Risco Potencial Significativo de Inundações (ARPSI).
Para financiar este projeto, foi celebrado um Protocolo de Cooperação Técnica entre a Agência Portuguesa do Ambiente e o Município, visando uma candidatura ao Programa Regional do Norte 2021-2027 (Norte 2030), com uma comparticipação comunitária de 627 mil euros. O projeto também abrange o Reforço da Resiliência Territorial e a criação de uma bacia de retenção de água e um parque ecológico no rio Este, em Ferreiros.
Além das barreiras no Cávado, a reunião do Município aprovou a criação do Parque Ecológico do rio Este, que visa a adaptação e reforço da resiliência do corredor ribeirinho, contribuindo para a minimização dos riscos de inundações na zona de Braga-Este.
Essas iniciativas surgem em resposta às várias inundações que, nas últimas décadas, impactaram significativamente a população e as atividades econômicas da região, incluindo a proteção de edifícios sensíveis, como a EB1/Jardim de Infância de Ponte Pedrinha e algumas fábricas do parque industrial, como BOSCH, APTIV e FHEST.