Mariana Mortágua elogia supercomputador da UMinho: “Um bom exemplo”

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, visitou hoje o supercomputador Deucalion, instalado na Universidade do Minho (UMinho), em Guimarães, e destacou a importância da infraestrutura para a soberania e segurança de Portugal. Durante a visita, Mortágua sublinhou que, nos tempos atuais, a capacidade de armazenar e processar dados é mais crucial para a segurança do país do que a capacidade de construir armas.

Soberania e dados: A nova chave da segurança

“Hoje em dia, fala-se muito em segurança e defesa, mas conta mais para a nossa segurança a capacidade de armazenar dados, para ter processamento de dados, do que propriamente a capacidade para construir bombas”, afirmou a líder bloquista. Ela argumentou que, em um mundo cada vez mais digitalizado, acessar e garantir o armazenamento seguro de dados é tão essencial quanto ter acesso a água e luz para o funcionamento das empresas e serviços públicos.

“Se Portugal quer ter uma economia de inovação e se quer ter segurança e soberania, tem de investir neste tipo de infraestruturas”, reforçou, alertando sobre o risco de depender de centros de dados externos que podem comprometer a segurança das informações pessoais dos cidadãos.

Deucalion: Um exemplo de inovação e segurança

Mortágua destacou o supercomputador Deucalion como um bom exemplo do tipo de infraestrutura que pode garantir a soberania tecnológica do país. Com a capacidade de executar 10 milhões de biliões de cálculos por segundo, o Deucalion tem o objetivo de acelerar a produção de ciência e inovação de excelência em várias áreas, como:

  • Inteligência Artificial
  • Medicina personalizada
  • Design de fármacos
  • Observação da Terra e oceanos
  • Combate às alterações climáticas e aos fogos
  • Criação de smart cities
  • Mobilidade e veículos autónomos

Inaugurado em setembro de 2023, o Deucalion é um projeto conjunto da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e da EuroHPC, com a colaboração da Universidade do Minho. O investimento total foi de 20 milhões de euros.

O supercomputador está acessível à comunidade académica, à investigação, às empresas e à administração pública, permitindo que Portugal avance na sua jornada rumo à inovação tecnológica e à independência digital.