Operação da ASAE, com apoio da Europol, desmantela rede internacional de contrafação e resulta na apreensão de mais de 250 mil artigos
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou uma das maiores operações dos últimos anos no combate à contrafação, culminando na apreensão de mais de 250 mil artigos, avaliados em cerca de 1,23 milhões de euros, no concelho de Guimarães. A operação contou com o apoio da Europol e resultou no desmantelamento de uma rede internacional dedicada à comercialização de produtos contrafeitos de luxo.
Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a ASAE revelou que a investigação se prolongou por cerca de quatro anos, tendo começado com a identificação de milhares de produtos suspeitos numa plataforma logística nacional. Segundo a entidade, os artigos apresentavam “um elevado padrão de qualidade” e podiam ser facilmente confundidos com peças originais.
A ofensiva culminou no início desta semana com o cumprimento de 15 mandados de busca, domiciliários e não domiciliários, em vários locais do concelho de Guimarães, envolvendo um total de seis pontos de operação. No terreno estiveram 30 inspetores da ASAE e elementos da Europol.
Durante a ação foram identificados e constituídos arguidos dois indivíduos e dois operadores económicos, suspeitos de pertencer a uma associação criminosa. Todos ficaram sujeitos a termo de identidade e residência.
Entre os bens apreendidos destacam-se 250 mil artigos – maioritariamente peças de vestuário, acessórios têxteis e calçado – mas também quatro relógios de marcas de luxo, duas viaturas, 8.400 euros em numerário, uma pistola de alarme com munições, dois sprays de gás, 21 equipamentos eletrónicos, incluindo computadores e telemóveis, e diversos dispositivos de armazenamento de dados.
A operação permitiu ainda apreender uma carteira digital para criptoativos, vários carimbos de empresas e documentação relevante para a investigação.
A ASAE frisou que esta ação insere-se no combate contínuo à contrafação e ao uso ilegal de marca, visando proteger os direitos de propriedade industrial e reduzir os impactos negativos da economia paralela e das fraudes no mercado.