Aposta na mobilidade elétrica arranca com 10 autocarros zero emissões num percurso de seis quilómetros. Linha amarela adiada por falta de dados técnicos exigidos pela Infraestruturas de Portugal.
A Câmara Municipal de Braga anunciou que vai avançar apenas com a linha vermelha do sistema Bus Rapid Transit (BRT), ficando a linha amarela adiada por incompatibilidades com os prazos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Segundo Olga Pereira, vereadora da Mobilidade, o pedido de reprogramação submetido pela autarquia foi aprovado, o que permite iniciar a empreitada da linha vermelha ainda este mês. O investimento ronda os 76 milhões de euros, totalmente financiado pelo PRR, e prevê-se que esteja concluído até 30 de junho de 2026.
“Vamos avançar com a linha vermelha: 10 viaturas elétricas, zero emissões, seis quilómetros”, afirmou Olga Pereira à RUM.
Linha amarela adiada por exigências técnicas
A Infraestruturas de Portugal (IP) solicitou à autarquia informações técnicas detalhadas sobre a linha amarela, nomeadamente estudos de tráfego, que Braga ainda não conseguiu reunir dentro dos prazos exigidos pelo PRR.
“A resposta a essas exigências é incompatível com os prazos do PRR”, explicou a vereadora.
Apesar do adiamento, Olga Pereira garantiu que a linha amarela não foi descartada, apenas requer mais maturação técnica, sobretudo nas zonas mais sensíveis da cidade, como a Avenida António Macedo e a Frei Bartolomeu dos Mártires, junto ao Braga Parque.
Mobilidade sustentável no centro da agenda
O projeto do BRT integra-se numa estratégia de mobilidade urbana sustentável, com autocarros elétricos, infraestruturas dedicadas e redução das emissões poluentes, reforçando a aposta de Braga na transição energética e transporte público eficiente.
A Câmara mantém a intenção de concretizar a totalidade do sistema BRT a médio prazo, mas, para já, foca-se na linha vermelha, com a expectativa de que o concurso público seja lançado até ao final do mês de abril.
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