Rui Tavares destaca ecologia, ponderação e clareza ideológica como marcas distintivas do partido que quer ser alternativa à esquerda
O Livre quer fazer história nas legislativas de 2025 ao eleger, pela primeira vez, um deputado pelo círculo eleitoral de Braga. A ambição foi assumida esta segunda-feira pelo porta-voz do partido, Rui Tavares, durante um jantar-comício na cidade, onde reforçou a candidatura de Jorge Araújo como cabeça de lista.
Perante uma sala repleta de apoiantes, Rui Tavares afirmou que o Livre se distingue dos restantes partidos por ser “ecologista, radicalmente ponderado, europeu, e por falar para ser maioria, não para ser nicho”.
“O que é que o Livre tem que é diferente dos outros?”, questionou o dirigente, antes de enumerar as características que, na sua perspetiva, tornam o partido uma proposta singular no panorama político nacional.
A primeira dessas caraterísticas é o compromisso com a ecologia: “Somos o único partido em Portugal, membro de pleno direito do Partido Verde Europeu, a concorrer sozinho ao parlamento. Um voto verde é um voto no Livre”, sublinhou.
Tavares destacou ainda o posicionamento claro à esquerda, assumindo o partido como uma força “do meio da esquerda”, que não se esconde sob rótulos ambíguos ou centristas: “Não enganamos ninguém. Somos de esquerda e queremos transformar o país com responsabilidade.”
A comunicação inclusiva e abrangente foi também um ponto forte no discurso: “Falamos a todos os nossos concidadãos, sem exceção. Porque acreditamos que todos são capazes de compreender e partilhar os valores que defendemos”, afirmou.
Entre aplausos, o porta-voz insistiu na ideia de que o Livre é “radicalmente ponderado” e, quando necessário, “ponderadamente radical”, assumindo uma linha política que alia firmeza de princípios à responsabilidade institucional.
O Livre, que tem mantido presença parlamentar através de Rui Tavares, quer agora expandir a sua influência para círculos tradicionalmente difíceis, como Braga. “Reivindicamos a liberdade à esquerda, uma liberdade que faz falta aos restantes. Não nos contentamos com uma liberdade poucochinha”, concluiu o dirigente, apelando ao voto útil na esquerda ecologista e progressista.