Em Braga, Hugo Soares acusa Ventura de receber “tratamento VIP” no hospital

Líder parlamentar do PSD critica incoerência do Chega e apela ao voto útil na AD nas Legislativas de 2025.

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, acusou esta terça-feira o presidente do Chega, André Ventura, de hipocrisia e incoerência ao aceitar um alegado “tratamento VIP” no Hospital de Faro, depois de, no passado, ter criticado o primeiro-ministro Luís Montenegro por ter sido atendido com prioridade no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

“André Ventura não teve problema nenhum em ter protocolo VIP para ser atendido no Hospital de Faro – um hospital que passou a tarde inteira a criticar e a dizer que não tinha condições. Esbarrou na realidade”, afirmou Hugo Soares.

As declarações surgiram no comício da Aliança Democrática (AD) em Braga, inicialmente marcado para o Theatro Circo, mas transferido para a Avenida da Liberdade devido ao número elevado de apoiantes, segundo a organização.

Críticas duras ao Chega

Hugo Soares, cabeça de lista da AD pelo círculo de Braga, dirigiu boa parte do seu discurso aos eleitores do Chega, partido que considerou como um “aliado do PS” no parlamento.

“Respeitamos os eleitores do Chega, mas esse partido ter um ou 50 deputados é a mesma coisa, só muda o barulho. Esconderam as suas listas de candidatos. Cada vez que abríamos essa caixinha saiu o [Miguel] Arruda das malas ou o deputado que não pagava pensões de alimentos”, atirou.

“Uma luta entre extremismos e moderação”

A seguir, Nuno Melo, presidente do CDS e também membro da coligação AD, reforçou as críticas ao Chega e caracterizou as eleições legislativas antecipadas de domingo, 18 de maio, como “uma luta entre os extremismos e a moderação”.

“A moderação está na AD. Os extremismos estão com as oposições”, afirmou Melo, acrescentando que o Governo da AD, em apenas 11 meses, fez “muitíssimo mais e melhor” do que o PS em oito anos.

Enquanto ministro da Defesa, Nuno Melo disse ainda ter tido a honra de priorizar “as Forças Armadas e os antigos combatentes”, destacando o contributo do executivo para valorizar “heróis de Portugal”.