Líder socialista assume derrota, não se recandidata e recusa apoiar Governo de Montenegro.
Na sequência dos resultados das eleições legislativas de 2025, Pedro Nuno Santos anunciou este domingo à noite que irá convocar eleições internas no Partido Socialista (PS) e que não será candidato à liderança.
“O povo falou com clareza e respeitamos a decisão do povo”, afirmou na sede do PS, em Lisboa, admitindo que o partido “fez tudo para vencer” mas saiu derrotado.
O socialista agradeceu aos militantes e à população que votou no PS, sublinhando a união interna durante a campanha e dizendo-se orgulhoso do trabalho realizado.
Apesar de elogiar o esforço do partido, Pedro Nuno descartou qualquer apoio do PS a um governo liderado por Luís Montenegro, afirmando:
“A mim não me cabe ser suporte deste governo e penso que o PS também não deve ser o suporte deste governo.”
Criticou ainda a “falta de idoneidade” de Luís Montenegro, alegando que o programa da AD “vai contra os princípios e valores do PS”.
Alerta contra a extrema-direita
O líder cessante alertou para o crescimento da extrema-direita, considerando que se tornou “mais violenta e perigosa”. Defendeu que deve ser combatida com “coragem e firmeza, sem medo, olhos nos olhos”.
No final do discurso, Pedro Nuno Santos despediu-se com um “até breve”, sublinhando o orgulho em ter liderado o PS, agora empatado com o Chega em número de deputados (58), face à vitória da Aliança Democrática (AD), que conquistou 86 mandatos.