A equipa liderada por Artur Jorge conquistou uma vitória por 2-1 sobre o Farense, após duas derrotas pesadas na Liga e na Liga Europa.

O Sporting de Braga regressou aos triunfos na Primeira Liga neste domingo, num jogo da 22ª jornada da competição.

Após duas derrotas expressivas contra o Sporting e o Qarabag, os minhotos, que pareciam estar a enfrentar uma crise de forma, desperdiçaram uma grande oportunidade para marcar perto do final da primeira parte, com João Moutinho a falhar uma grande penalidade.

Depois de um intervalo sem golos, o marcador no Minho foi inaugurado aos 62 minutos, com Banza a marcar pelo segundo jogo consecutivo. No entanto, o Farense respondeu rapidamente e empatou aos 74 minutos, através do argelino Belloumi, que tinha entrado em campo há menos de dez minutos.

Os minutos finais foram marcados por ambas as equipas à procura do golo da vitória, e foi a equipa da casa que o conseguiu. Numa jogada de insistência do Sporting de Braga, o ex-Benfica Cher Ndour marcou o seu primeiro golo pela equipa minhota, garantindo os três pontos para a formação orientada por Artur Jorge. Com esta vitória, o Sporting de Braga ultrapassa o Vitória SC e sobe para o quarto lugar, com 43 pontos. O Farense está em nono lugar, com 26 pontos.

Declarações de Artur Jorge, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo (2-1) frente ao Farense:

«Queria ganhar, acho que é uma vitória muito importante para nós, muito justa, em que tenho de destacar o caráter, a postura e a personalidade de todos os jogadores, pela forma como se comportaram para termos a vitória que tivemos, dominadora. Foi uma vitória bem conseguida, em que o destaque vai para os jogadores pelo desempenho e pelo seu comportamento».

[Final do jogo com muitos elementos ofensivos] «Fomos sentido falta de espaço, já na primeira parte. Tivemos de trabalhar para criar situações, fizemos muitos cruzamentos para a área sem resultados práticos. Naquele momento em que sofremos o empate precisávamos de arriscar, precisávamos de gente com outra anergia, que pudesse acrescentar. O Cher [Ndour] acabou por ter uma dupla função, fechar a equipa à esquerda, e jogar mais por dentro com bola. Procurámos ter mobilidade e velocidade para procurar os espaços».

«Quero acreditar que sim. Importante era ganhar, esta equipa precisava de mostrar isso a ela própria, perceber que somos muito mais do que o que fizemos nos últimos jogos. Hoje não estava à espera de uma grande exibição, era difícil, mais fizemos uma exibição muito segura e dominadora. Parece-me que a nossa vitória foi muito justa».

[O que disse ao intervalo, após desperdiçar penálti?] «No intervalo falei com eles porque parece que tudo nos acontece, foi o que pensei nesse momento e temos o universo contra nós. Sentimos serenidade, a manutenção das dinâmicas e do plano estratégico do jogo. Anulámos o momento de transição do Farense, mantivemos o equilíbrio, para chegar à vitória».

Declarações de José Mota, treinador do Farense, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a derrota (2-1) frente ao Sp. Braga:

«Temos de estar atentos à nossa equipa, ao momento do adversário, uma série de fatores importantes no futebol. Sabíamos da intranquilidade do adversário, o que tínhamos de fazer, deveríamos exercer uma maior pressão sobre os homens do meio campo, e tentar utilizar a profundidade que este adversário dá. Não conseguimos sair muitas vezes na primeira parte, não fomos agressivos no portador, tiveram muita possa de bola, com muitos cruzamentos. Foi sempre a equipa com sinal mais. De qualquer das formas chegámos ao intervalo 0-0, pelo meio as peripécias do costume, os penáltis que se marcam contra o Farense. Na segunda parte penso que estivemos melhor, explorámos melhor os corredores, tivemos mais posse. Em alguns momentos conseguimos dividir o jogo. No momento em que sofremos o primeiro golo até estávamos melhor.

Abro um parêntesis. Acho que o futebol tem regras, ou só tem para alguns? A bola sai do meu lado esquerdo do meu banco, o jogador lança do lado direito do Braga, pelo menos trinta metros. Como é que uma equipa está organizada? O lançamento devia ser marcado na zona defensiva e foi marcado no meio campo ofensivo. Ninguém viu, o árbitro não viu, o VAR não viu. Que regra é esta? Este lançamento dá golo. Ninguém vê? Não tem que ser anulado. Gostava que me ajudassem, não percebo nada de futebol. Conclusão: 1-0. Era o tónico que mais precisavam».

«Fomos atrás, as alterações fizeram efeito, conseguimos um golo, fomos melhor equipa nesse período e o Sp.  Braga estava perturbado. O treinador do Farense sentiu que que podia ganhar o jogo, mas houve uma série de fatores: falta, falta, falta, falta, até ao segundo golo. Não estou a dizer que é injusto, mas mais uma vez não se cumpriram as regras. Os meus jogadores trabalharam muito, demonstraram o que trabalhamos. Fizeram um jogo alegre e produtivo. Marcámos golos a todos os grandes até hoje e só não fomos mais além porque os lançamentos são marcados trinta metros à frente».

Ficha de Jogo

Jogo no Estádio Municipal de Braga.

SC Braga – Farense, 2-1.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores

1-0, Banza, 62 minutos.

1-1, Belloumi, 74.

2-1, Cher Ndour, 85.

Equipas

– SC Braga: Matheus, Joe Mendes (Victor Gómez, 82), José Fonte, Niakaté, Borja, João Moutinho, Zalazar (Vítor Carvalho, 65), Pizzi (Cher Ndour, 77), Roger (Rony Lopes, 88), Abel Ruiz (Álvaro Djaló, 65) e Banza.

(Suplentes: Tiago Sá, Victor Gómez, Serdar, Paulo Oliveira, Chissumba, Vítor Carvalho, Cher Ndour, Rony Lopes e Álvaro Djaló).

Treinador: Artur Jorge.

– Farense: Ricardo Velho, Pastor, Zach Muscat (Artur Jorge, 83), Gonçalo Silva, Talocha, Cáseres, Cláudio Falcão (Belloumi 66), Matheus Oliveira, Elves Baldé (Rafael Barbosa, 66), Marco Matias (Fabrício Isidoro, 66) e Bruno Duarte (Zé Luís, 77).

(Suplentes: Miguel Carvalho, Artur Jorge, Talys, Rafael Barbosa, Vítor Gonçalves, Cristian Ponde, Belloumi, Zé Luís e Fabrício Isidoro).

Treinador: José Mota.