Variação homóloga do IPC aumentou 0,2 pontos percentuais face a abril. Inflação subjacente e produtos alimentares não transformados também registam subidas.

A taxa de inflação em Portugal subiu para 2,3% em maio, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor representa um aumento de 0,2 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, reforçando a tendência de aceleração dos preços no país.

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou, assim, uma variação homóloga mais elevada, impulsionada sobretudo pelos produtos alimentares não transformados, cuja taxa passou de 3,2% em abril para 4,0% em maio. Já os produtos energéticos inverteram a tendência negativa e registaram uma subida de 0,1% (face aos -0,1% do mês anterior).

A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energia, atingiu 2,2%, ligeiramente acima dos 2,1% registados em abril.

No que diz respeito à variação mensal, o IPC subiu 0,3% em maio (abaixo dos 0,7% de abril). A média dos últimos doze meses foi de 2,3%, uma ligeira descida em relação aos 2,4% do mês anterior.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) – utilizado para comparações europeias – apresentou uma variação homóloga de 1,7%, inferior aos 2,1% registados em abril e abaixo da média da zona euro, estimada pelo Eurostat em 1,9%.

Já o IHPC excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos ficou-se pelos 1,6%, uma descida acentuada face aos 2,2% de abril e significativamente inferior à média europeia, que se estima em 2,4%.

Apesar da inflação global estar longe dos picos de 2022, os preços dos bens essenciais continuam a pressionar os orçamentos das famílias portuguesas, numa altura em que a recuperação económica ainda dá sinais de fragilidade.

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